PF já sabe que militares traficaram drogas em aviões da FAB umas 30 vezes
Autor das denúncias afirma que a cocaína vinha para o Brasil provavelmente do Peru ou Colômbia

Mariane Veiga
Publicado em: 08/01/2022 às 17:32 | Atualizado em: 08/01/2022 às 17:54
Um colaborador anônimo disse à Polícia Federal que os militares que usaram a estrutura da FAB (Força Aérea Brasileira) para enviar cocaína à Europa fizeram 30 viagens e que os donos da droga trocaram os aviões oficiais por navios a partir de portos da região Sul do país por causa da prisão de um sargento da Aeronáutica.
Segundo o informante, os militares envolvidos no esquema mudaram de tática logo depois da detenção do sargento Manoel da Silva Rodrigues, flagrado em junho de 2019 com 39 kg de cocaína ao desembarcar no aeroporto internacional San Pablo, em Sevilha, na Espanha.
O autor das denúncias afirmou que mesmo com a prisão do sargento, o esquema cresceu tanto que os traficantes passaram a utilizar contêineres em grandes embarcações.
Leia mais
Tráfico de drogas com aviões da FAB e caso Mickey, de 1999
Ele acrescentou que a cocaína vinha para o Brasil provavelmente do Peru ou Colômbia.
De acordo com o colaborador anônimo, o esquema de tráfico de drogas para a Europa que culminou com a detenção do sargento Rodrigues começou em 2013 e que foram feitas ao menos 30 viagens internacionais em aviões da FAB.
Ele contou ainda que em cada viagem eram transportados no mínimo 10 kg de cocaína.
A droga era comprada por US$ 6 mil o quilo e depois revendida na Europa por 20 mil euros o quilo.
Leia mais no UOL.
Foto: Divulgação/FAB