Temer não se abate com rejeição da suspeição de Janot, seu investigador

Publicado em: 31/08/2017 às 17:05 | Atualizado em: 31/08/2017 às 17:05
O presidente Michel Temer disse, nesta quinta-feira (31), em Pequim, que recebeu “com naturalidade” a rejeição pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin do pedido de suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, feito pela defesa de Temer, para atuar em investigação relacionada ao presidente que está em tramitação na corte.
“No plano jurídico, quando alguém começa a agir suspeitamente, você tem que arguir a suspeição. Quem decide é o Judiciário, se há ou não suspeição. O que não se pode é manter o silêncio. Foi o que o meu advogado fez”, afirmou, após reunião com grandes empresários chineses.
Temer também disse que seu advogado está estudando a possibilidade de um recurso para o plenário do Supremo.
“Mas nem sei se ele vai tomar essa providência. Essa é uma questão que ele propôs”.
No início do mês, o advogado Antonio Mariz, representante de Temer (na foto com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa), acusou Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações.
“Se ao contrário, assumir de pronto que o suspeito é culpado, sem uma convicção da sua responsabilidade, vai atuar no curso das investigações e do processo com o objetivo de obter elementos que confirmem o seu posicionamento prematuro”, disse Mariz.
Delação de Funaro
Sobre a decisão do ministro Fachin de devolver para a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de homologação da delação premiada do empresário Lúcio Funaro, Temer disse que deve haver algum equívoco na delação.
“Certamente, [o ministro] mandou esclarecer [a delação]. Suponho até que o procurador deverá esclarecer e vai devolver. Essa coisa está no Judiciário. Não é mais comigo”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Beto Barata/PR