Bancada evangélica racha e sucessão ajustada por Silas Câmara balança

Em 17 de dezembro de 2020, o então líder dos evangélicos na Casa, Silas Câmara (Republicanos-AM), pergunta se os integrantes da bancada aceitariam Cezinha como próximo presidente (2021) e Sóstenes no ano seguinte (2022)

Bancada evangélica racha e sucessão ajustada por Silas Câmara balança

Diamantino Junior

Publicado em: 17/01/2022 às 17:50 | Atualizado em: 17/01/2022 às 17:50

De olho nas eleições deste ano, integrantes da bancada evangélica travam uma guerra para ocupar a presidência da Frente Parlamentar no Congresso, composta por 115 deputados e 13 senadores.

Um racha na Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do Brasil, vem gerando uma disputa nas últimas semanas expostas em posts nas redes sociais e áudios vazados com trocas de acusações e ofensas.

Os deputados Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) são os protagonistas do embate.

Em 2020, um acordo na bancada combinou um revezamento na presidência da Frente.

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Cezinha, ligado ao Ministério de Madureira, comandado pelo bispo Manoel Ferreira, ficaria com o comando em 2021, e Sóstenes, ligado ao pastor Silas Malafaia, da Vitória em Cristo, em 2022.

Nos bastidores, Cezinha ensaia não cumprir o acordo e reivindicar mais um ano na presidência da Frente.

Na quinta-feira, elevando a tensão de uma crise que se desenrola há mais de duas semanas, o deputado Abílio Santana (PL-BA), ligado a Cezinha, postou um vídeo questionando a validade do acordo, exposto em um vídeo obtido pelo GLOBO.

Em 17 de dezembro de 2020, o então líder dos evangélicos na Casa, Silas Câmara (Republicanos-AM), pergunta se os integrantes da bancada aceitariam Cezinha como próximo presidente (2021) e Sóstenes no ano seguinte (2022).

Abílio estava ausente, mas os presentes concordam com a ordem de sucessão, inclusive o próprio Cezinha.

Em coro, os parlamentares dizem “amém”. Na matéria completa, exclusiva para assinantes, o aumento de tom na disputa pelo poder entre os pastores, envolvendo outros nomes evangélicos. 

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Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados