O que disse Olavo sobre Bolsonaro e as eleições antes de morrer
O autoproclamado filósofo chamou o presidente de burro, covarde e fraco, e dava por perdida a eleição de outubro deste ano

Mariane Veiga
Publicado em: 26/01/2022 às 16:38 | Atualizado em: 26/01/2022 às 17:11
As últimas palavras do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho (74), que morreu na madrugada de ontem (25), sobre o presidente Jair Bolsonaro foram ditas em uma live no último dia 20 de dezembro.
Rompido politicamente com o presidente, o escritor chegou a dizer que Bolsonaro é um “excelente administrador”, mas o comparou a um prefeito de “cidade do interior”, acusando-o de covardia.
Eles já não se falavam há quase um ano. Olavo recusava o título de guru de Bolsonaro e dos seus filhos. E dizia só tê-lo encontrado na vida não mais do que quatro vezes.
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Na mesma live, a propósito das eleições de outubro deste ano, Olavo chegou a dizer que a “briga está perdida”. “O Brasil vai se dar muito mal, não venham com esperanças tolas”.
A relação entre os dois foi se tornando mais hostil com a passagem do tempo. Era boa no começo do governo em 2019, quando Olavo emplacou Araújo como ministro das Relações Exteriores e o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação. Um ano depois, já era sujeita a chuvas e trovoadas.
Em maio de 2020, por exemplo, em entrevista à BBC Brasil, Olavo disse que era possível chamar Bolsonaro de “burro”. Disse, porém, que ele não seria ladrão. Em junho, acrescentou o adjetivo “fraco”. Escreveu em sua conta no Twitter: “Se esse pessoal não consegue derrubar o governo, eu derrubo”.
A família de Olavo não revelou a causa da morte. No último dia 16, ele anunciou que estava com covid.
Durante a pandemia, ele repetia que o vírus nunca havia matado ninguém. Bolsonaro lamentou sua morte e chegou a decretar luto oficial.
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Foto: Reprodução