O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), vai precisar reverter a forte resistência no país se quiser ser reeleito. Hoje, 27 de janeiro, a oito meses do primeiro turno, 64% dos brasileiros, ou sete em cada dez eleitores, não lhe dariam o voto “de jeito nenhum”.
Bolsonaro lidera a rejeição, portanto, entre os que se apresentam como pré-candidatos ao Planalto. Bem mais, por exemplo, que seu principal adversário, o ex-presidente de dois mandatos Lula da Silva (PT). Este tem 43%, e nem é o segundo mais rejeitado, posto que ficou para o ex-juiz da operação Lava Jato Sérgio Moro, com 53%.
Lula empata com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que tem 42% dos que não votariam “de jeito nenhum”.
Contudo, esse não é o único obstáculo que Bolsonaro terá de superar se quiser continuar presidente em 2023.
Conforme pesquisa XP/Ipespe divulgada neste dia, ele perde feio para Ciro e Moro na ‘probabilidade de voto’. Enquanto apenas 8% disseram que “poderiam” em Bolsonaro, 28% e 39%, respectivamente, admitem votar nos dois adversários.
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Intenção de voto
Segundo essa pesquisa, a intenção de voto do brasileiro hoje é de 44% para Lula. E de 24% para Bolsonaro. Moro e Ciro não atingem dois dígitos na preferência do eleitor, empatados com apenas 8%.
Pior ainda são os desempenhos dos demais pré-candidatos. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), por exemplo, se mantém nos 2%.
Sem Moro na disputa, e de acordo com esta pesquisa, Lula teria chances de vencer no primeiro turno, dentro da margem de erro.
Nesse cenário, o petista supera a soma de todos os demais candidatos por 44% a 43%. As intenções de voto em Moro, portanto, seria diluída entre os demais concorrentes, segundo o Estadão.
Dados do estudo
O levantamento com mil pessoas, feito nos dias 24 e 25 últimos, tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com BR-06408/2022.
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Fotos: reprodução/Ricardo Stuckert e Marcos Corrêa/Presidência da República