As aulas 100% presenciais da rede pública estadual retornam, nesta segunda-feira (14), com algumas novidades no estado do Amazonas.
Uma delas é o Novo Ensino Médio (NEM), uma alteração na grade curricular garantindo aos estudantes a opção por uma formação técnica e profissionalizante.
O NEM foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2017 e, no passado, já havia sido implantado, de maneira piloto, em algumas escolas da rede estadual.
A reformulação do Ensino Médio começará de forma progressiva. A 1ª série do Ensino Médio vai passar por alterações neste ano e, em 2023, será a vez da 2ª série. A inclusão da 3ª e última série ocorrerá em 2024.
“O governador Wilson Limas estimulou a implantação do NEM desde início da gestão. A partir de agora, é necessário que haja uma interação, e troca de experiências entre estudantes e corpo docente. Mais uma vez a rede estadual mostra sua grandeza em políticas educacionais”, explica Kuka Chaves, secretária de Educação e Desporto.
Uma das principais mudanças com o NEM diz respeito ao tempo mínimo do estudante na escola. Antes, o aluno ficava cerca de 800 horas anuais nas unidades de ensino, agora, essa carga horária é de mil horas.
Haverá também aumento do tempo de aulas nas escolas. A jornada de quatro horas diárias passará para, no mínimo, cinco horas. A distribuição de horas será definida pela Secretaria de Educação, mas a meta é que sejam cumpridas 3 mil horas totais nos três anos de ensino, com 200 dias de aulas a cada ano letivo. Para as escolas de Tempo Integral e unidades bilíngues, será necessário cumprir 4,2 mil horas
Itinerários formativos
Além disso, foi definida uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e oferte diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, como os Itinerários Formativos (IF), que abrangem áreas de conhecimento específicas e a formação técnica e profissional.
Os IF tratam do conjunto de disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher durante o Ensino Médio.
As redes de ensino tiveram autonomia para definir quais Itinerários Formativos vão ofertar, considerando um processo que envolva a participação de toda a comunidade escolar.
Na prática, eles irão garantir aos alunos o diálogo com projetos que envolvam as áreas de interesse, que mais estimulem sua visão de futuro.
Cada estudante fará sua escolha e poderá trocá-la anualmente, caso mudem de áreas de interesse.
Foto: Lucas Silva/Secom