Em sessão nesta terça-feira (22), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado , o senador Omar Aziz (PSD-AM) disparou novamente contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), bem ao estilo que lhe caracterizou na presidência da CPI da covid.
O senador disse que o Brasil vive “um vácuo muito grande” nas áreas de saúde, segurança pública e social.
“A realidade de hoje, no nosso país, é totalmente diferente da realidade míope de algumas pessoas”, disse Aziz, referindo-se ao presidente.
Presente à sessão, o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente, afirmou que Aziz dorme e acorda pensando em Bolsonaro e que não produz nada para a sociedade.
Disse que o senador amazonense gastou quase sete meses de uma CPI para não aplicar uma vacina no braço de um brasileiro.
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A partir da pandemia, Flávio afirmou que o pai presidente deixou um legado histórico no Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive no Amazonas.
“O nosso papel, para quem não sabe, de senador, é legislar; quem executa é o Executivo. E uma coisa que o atual governo não teve foi problema aqui no Congresso Nacional para executar”, devolveu Aziz.
O senador do Amazonas destacou o recorde inflacionário de dois dígitos, desemprego, aumento da desigualdade social e falta de programas de inclusão e de segurança pública.
E emendou:
“Cercadinho não é lugar de presidente, cercadinho é lugar de boi! Presidente tem que ter postura, presidente tem que ter liturgia. O Brasil não é uma republiqueta, o Brasil é uma nação grande, é uma nação que tem que começar a ser respeitada pela postura de quem está na cadeira de presidente.”
“Não é com piadinhas, brincadeirinhas, com nhenhenhém, com aquele negócio de brincar com a vida das pessoas, como se brincou durante o ano passado todinho. Isso nós não permitimos, talvez seja essa a raiva”, completou.
Vacina
Em resposta ainda a Flávio, Aziz disse que só tem vacina hoje no Brasil porque a CPI da covid denunciou as irregularidades e a falta de compromisso do governo para adquiri-las.
“Se tem vacina hoje foi porque nós denunciamos, porque nós cobramos, porque nós mostramos que o governo nunca teve interesse – pelo contrário: era negacionismo de manhã, de tarde e de noite!”.
Foto: Pedro França/Agência Senado