O Ministério de Minas Energia anunciou a entrada em operação comercial da primeira unidade geradora da Usina Termelétrica Jaguatirica II, em Roraima. O empreendimento será movido pelo gás natural do Campo de Azulão , no município de Silves (distante 203 quilômetros de Manaus).
Do Azulão sairão diariamente 20 carretas carregadas de gás natural liquefeito em direção à usina termelétrica Jaguatirica 2, em Boa Vista.
De acordo com a pasta, será o início da mudança da matriz elétrica do estado em direção à geração mais limpa e eficiente.
A capacidade instalada da termelétrica é de 141 megawatts (MW). Trata-se do o primeiro empreendimento do Leilão dos Sistemas Isolados de Boa Vista de 2019 a entrar em operação e será a maior usina de Roraima.
O ministério informou ainda que foram investidos na unidade R$ 425 milhões que geraram 3.600 postos de trabalho em Roraima e Amazonas.
“A usina gera energia a partir de Gás Natural Liquefeito (GNL), tecnologia que possibilita a criação de empregos qualificados e a atração de investimentos nos estados de Roraima e Amazonas, em um setor que vem crescendo na geração de energia elétrica do Brasil”, diz nota da pasta.
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O ministério também anunciou que até maio mais duas unidades geradoras da usina vão entrar em operação.
“Além disso, nos próximos meses, outras termelétricas estão previstas para iniciar operação comercial em Roraima. Isso vai contribuir ainda mais para a melhoria no fornecimento energia elétrica no estado, reduzindo custos de geração e na emissão de gases do efeito estufa”, comunicou.
Lei do Gás
No final do mês passado, durante a abertura do mercado de gás em Rondônia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o novo negócio vai potencializar a exploração de gás na bacia dos rios Solimões e Amazonas.
Na ocasião, o ministro disse também que a Lei do Gás, (Lei 14.134/21), sancionada em abril do ano passado, criou mecanismos para o chamado novo mercado do gás.
O ministro informou que empresa Eneva, que explora o Campo de Azulão, tem perspectiva de explorar o gás no campo de Juruá, na Bacia do Solimões.
“Isso vai ser muito bom, não só para o abastecimento energético de Rondônia, mas também o gás é um insumo muito importante para a indústria. As indústrias virão para Rondônia, muitas delas já estão estabelecidas aqui e chegaram nos últimos três anos, e eu entendo que o estado de Rondônia terá um desenvolvimento muito mais rápido com esse novo marco legal”, disse o ministro à Agência Brasil.
Foto: Diego Peres/Secom