Aziz vê ‘enrolação’ de Aras e cobra ação do presidente do Senado

O sentimento dos senadores é que a procuradoria tem imposto dificuldades ao processo e sustentado que não há provas sobre as acusações apontadas

Aziz acusa Omar Aziz, presidente da cpi da pandemia, em entrevista para a revista veja

Diamantino Junior

Publicado em: 23/02/2022 às 19:58 | Atualizado em: 23/02/2022 às 19:59

O senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, aumentou nesta terça-feira (23) o tom das críticas à atitude inerte do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, diante dos resultados da CPI da Covid. Recentemente, este disse que não tomou nenhuma providência contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, porque a CPI não apresentou provas.

“Ora, se ele tem convicção com relação à ineficácia das provas, ele absolva os acusados, mas não diga que não tem prova e participe de um processo de enrolação”, afirmou Aziz.

Além do presidente da CPI, o procurador também foi alvo de críticas do relator Renan Calheiros (MDB-AL) e do vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Para estes, Aras tenta “diminuir” e “desmerecer” o trabalho realizado pela comissão de inquérito. O sentimento dos senadores é que a procuradoria tem imposto dificuldades ao processo e sustentado que não há provas sobre as acusações apontadas.

Aras, portanto, é contestado porque tinha de dar algum encaminhamento ao que foi investigado pela CPI. Os senadores afirmam que ele deveria dar continuidade à investigação, apresentar uma denúncia ou arquivar o processo.

Calheiros, ademais, disse que “há um esforço para desmerecer as provas (na PGR)”.

Providência pós-folia

Aziz, contudo, afirmou que não vai ficar parado diante dessa “enrolação” da PGR. Ele já marcou uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para depois do feriado de carnaval.

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“Estamos marcando uma reunião para depois do carnaval para discutir esse acompanhamento que o presidente Rodrigo Pacheco, como presidente do Congresso Nacional, como a pessoa que mandou instalar a CPI, tem que acompanhar isso de perto. Isso não é mais um relatório do Omar, do Renan Calheiros, é um relatório aprovado na comissão”, afirmou.

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado