Governo Bolsonaro diz que não cortou 50% do IPI por ‘respeito à ZFM’

Crédito de IPI está entre os principais fatores que motivam empresas a se instalarem na região

Publicado em: 28/02/2022 às 11:09 | Atualizado em: 28/02/2022 às 11:48

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última sexta-feira (25) que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) seria de 50%, se o corte no tributo não afetasse a Zona Franca de Manaus (ZFM).

“Não fosse a Zona Franca, a redução de IPI seria maior, certamente de 50%. Como respeitamos a Amazônia, foi só 25%”, disse Guedes a jornalistas.

Na sexta-feira (25), o governo Jair Bolsonaro publicou um decreto que reduz o IPI em até 25% para a maioria dos produtos, inclusive para os bens provenientes do polo industrial.

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No entanto, um dos principais incentivos fiscais que atraem empresas para se instalar em Manaus são os créditos de IPI.

Quanto maior a alíquota, maior o valor que as empresas conseguem abater do imposto a pagar.

A intenção da equipe econômica é desonerar a indústria brasileira de maneira geral. Porém, como a medida afeta a ZFM, Guedes prometeu que o governo não “mexerá” no polo industrial até o final deste mandato.

Caso o presidente Jair Bolsonaro seja reeleito, o ministro da Economia também disse que não seriam feitas mudanças em 2023.

Desse modo, parlamentares do Amazonas se posicionaram nesta sexta-feira (25) contra a redução no IPI.

O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), por exemplo, afirmou que a equipe econômica havia se comprometido a excluir o desconto para os produtos feitos na Zona Franca de Manaus, mas não cumpriu o combinado.

Já o senador Eduardo Braga (MDB-AM) argumentou que a medida prejudica os setores instalados em Manaus.

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Foto: Clauber Caetano/Presidência da República