Governadores desempenham um papel importante no tabuleiro eleitoral. São eles que asseguram, por exemplo, um palanque regional para os presidenciáveis. Até o momento, cerca de 170 políticos anunciaram interesse em concorrer ao Executivo em 27 estados. A publicação é do Correio Braziliense.
Nesse cenário, segundo o jornal, é possível identificar uma tendência que tem predominado na corrida eleitoral: a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Muitos pré-candidatos a governador anteciparam seu posicionamento em relação aos postulantes ao Planalto.
No levantamento feito pelo Correio, os nomes mais competitivos para ocupar a chefia do Executivo estadual e os governadores em busca da reeleição estão divididos entre o petista e o chefe do Executivo federal, especialmente no nordeste e no sul.
A maioria dos pré-candidatos de primeira viagem, por sua vez, está alinhada ao presidente Bolsonaro e a Sérgio Moro (Podemos).
Nesse grupo, o ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), João Dória (PSDB) e Simone Tebet (MDB) aparecem com menos frequência.
Associar a própria imagem a de um presidenciável é uma estratégia que, em 2018, funcionou para 15 candidatos. Eles apoiaram Bolsonaro e conseguiram ser eleitos. Em 2022, essa tendência tende a se acentuar.
O cientista político Antônio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe), avalia que as eleições de governos estaduais serão as mais nacionalizadas de todos os tempos.
Exemplos
Candidato à reeleição, o governador do Paraná Ratinho Jr. (PSD), apesar de ter mantido várias conversas com Sérgio Moro, decidiu apoiar Bolsonaro. Um dos motivos seria a boa popularidade do chefe do Executivo no estado. O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (sem partido), escolheu o presidente pelo mesmo motivo.
Outro caso é no Rio Grande do Norte. A petista Fátima Bezerra vai para a reeleição e fará palanque com Lula. O PT também lançou candidatos em estados estratégicos. É o caso de Fernando Haddad, em São Paulo, e do senador Fabiano Contarato no Espírito Santo. Além disso, o ex-presidente tem fortalecido apoio a outras siglas, como o MDB de Helder Barbalho, no Pará.
Leia mais no Correio Braziliense
Foto: Congresso em Foco/reprodução