Irmãos Weintraub revelam segredo de Bolsonaro sobre Lula

Segundo o colunista Ricardo Noblat, ao falar sobre prisão para os irmãos Abraham Weintraub e Arthur Weintraub, Jair Bolsonaro (PL) chegou a defender Lula da Silva (PT), seu principal adversário político.

As informações foram narradas pelos irmãos em uma live no canal “Resistência Conservadora 35”, ontem (25). Abraham foi ministro da Educação, e Arthur, assessor especial da Presidência da República.

A primeira vez que Abraham correu o risco de ser preso foi por ter chamado os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de vagabundos.

“Se você for preso, meu governo acaba”, disse Bolsonaro a Abraham para justificar sua demissão. Premiou-o, em seguida, com o cargo de diretor do Banco Mundial em Washington.

As demais vezes em que Bolsonaro falou sobre prisão foi com Arthur, então secretário de segurança da Organização dos Estados Americanos, que tem sede em Washington.

Os irmãos faziam palestras juntos antes de ir para o governo servir a Bolsonaro. Abraham saiu às pressas do Brasil para escapar à prisão. Arthur foi ao seu encontro.

“Se seu irmão voltar ao Brasil pode ser preso e ficar como Nelson Mandela”, disse Bolsonaro por telefone a Arthur em novembro do ano passado.

Conforme publica o colunista, Bolsonaro leu nas redes sociais que os irmãos pretendiam voltar ao Brasil e se candidatar às eleições – Abraham, ao governo de São Paulo, Arthur, talvez ao Senado. E não gostou da ideia.

Seu candidato seria o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. E Bolsonaro não queria que nada o atrapalhasse.

Essas e outras histórias foram narradas pelos irmãos na live. Para decepção de Bolsonaro, eles abriram mão dos empregos e voltaram.

A dupla diz que Bolsonaro chegou a debochar deles. “Ficaram magoadinhos, ficaram?”. Embora magoados, “por falta de opção melhor”, os dois admitem apoiá-lo.

Segundo Abraham, “os generais diziam para Bolsonaro que seu melhor adversário seria Lula. Uma vez, Bolsonaro respondeu: ‘Lula não é culpado por tudo isso que atribuem a ele’”.

Para ele, “como um líder, [Bolsonaro] se perdeu. Ele não é mais o líder da direita, dos conservadores”.

Saiba mais no Metrópoles.

Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República