Império da família Oliveira no Sindicato dos Rodoviários está prestes a cair
Decisão tomada nesta terça-feira, 26, em processo que se arrasta por oito anos e que já mandou devolver R$ 27,9 milhões, prepara a queda de Givancir
Da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 27/04/2022 às 00:18 | Atualizado em: 27/04/2022 às 00:18
Depois de ter sido condenada a devolver R$ 27,9 milhões, agora a família Oliveira está prestes a perder o controle do império que montou por mais de duas décadas numa das entidades de classes mais ricas do Amazonas, o Sindicato dos Rodoviários de Manaus.
Uma decisão proferida nesta terça-feira, 26, pelo juiz Lucas Pasquali Vieira, substituto da 2ª Vara do Trabalho de Manaus, prepara as condições para que os irmãos Oliveiras, hoje, liderados por Givancir Oliveira, presidente da entidade, sejam afastados do sindicato.
Essa decisão de Lucas Pasquali ocorreu em embargos de declaração propostos por Givancir. Esse recurso foi em um processo, que virou novela, que começou no dia 24 de abril de 2014.
Com esse instrumento, o presidente contestava omissão e contradição da sentença milionária que pesa contra ele. A decisão se estende a seus irmãos e outros membros do sindicato. Sua principal fundamentação era a de que ele não presidia o sindicato no período de 2009 a 2013.
O sindicato também opôs embargados, alegando uma série de irregularidades da Justiça trabalhista.
Mas o magistrado, na decisão desta terça, entendeu que Givancir tinha, sim, o dever de prestar constas.
“Porém, reconhecer a ilegitimidade passiva do embargante violaria a autoridade da coisa julgada formalizada no acórdão primeiro que reconheceu o dever do embargante de prestar contas. Diante do exposto, julgo improcedentes os pedidos nos embargos de declaração”.
Sobre os embargos da entidade, o juiz entendeu que o recurso tentou discutir o mérito da matéria, “o que não é possível por meio de embargos de declaração”, observa o magistrado.
Advogado que acompanha o caso informa que o próximo o ato dessa novela, o capítulo final, será o pedido de afastamento dos irmãos Oliveiras.
Isso, assegura, é uma questão de horas.
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Foto: Arquivo/BNC