Pastores propagam uso de arma de fogo

Milton Ribeiro, ex-ministro do MEC, por exemplo, tem porte de arma expedido pela PF e registro de Caçador, Atirador Desportivo ou Colecionador, emitido pelo Exército

Pastores propagam uso de arma de fogo

Da redação do BNC Amazonas

Publicado em: 29/04/2022 às 10:19 | Atualizado em: 29/04/2022 às 10:19

Após o pastor Milton Ribeiro, ex-ministro da educação, disparar arma de fogo de forma acidental, a defesa do armamento passou a ganhar espaço de defesa entre líderes do segmento religioso.

Isso desde a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência. Como informa o Último Segundo.

Conforma a publicação, até dentro da bancada evangélica do Congresso, que chegou a se posicionar contra decretos pró-armas editados pelo presidente no passado.

Contudo, existem aqueles que propagam o assunto.

Por exemplo, Milton Ribeiro, pastor presbiteriano, que disparou um tiro acidental na área de check-in do aeroporto de Brasília tem porte de arma expedido pela Polícia Federal e registro de Caçador, Atirador Desportivo ou Colecionador (CAC) emitido pelo Exército.

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Movimentos de pastores

Além dele, o pastor pentecostal da Assembleia de Deus e ex-vereador pelo Republicanos, Cláudio Ferreira virou coordenador do grupo Pró-Armas em Sergipe.

Em vídeos publicados nas redes, ele explica como tem estruturado o movimento no Estado.

Dessa forma, ele procura apoio e patrocínios de donos de clubes de tiro e lojas de arma, além de pessoas dispostas a defender a agenda em cargos políticos.

Nesse sentido, o pastor ressalta a organização de caravanas para protestar em Brasília.

“A grande maioria abraçou a causa aqui. (…) Nós [o pró-armas] já crescemos uns 70%, 80% do que éramos no passado. (…) Sabemos que hoje o pró-armas é a esperança de adquirirmos algum direito”.

Da mesma forma, em Pernambuco, o pastor e vereador pelo PP, Junior Tércio, e a sua mulher, deputada estadual Clarissa Tércio (PP), também incorporaram a pauta à sua agenda.

O casal exibe fotos em que aparecem armados de pistola e escopeta num clube de tiro. Em uma delas, incluíram a seguinte mensagem:

“Juntos enfrentaremos todas as guerras, seja no mundo espiritual ou material”.

Ainda de acordo com o Último Segundo, o líder da Igreja Ministério da Fé, o pastor Fadi Faraj é outro propagador da tese de que o “direito de defesa é bíblico”.

“A questão é defender nossos valores e família. A Bíblia não contradiz defender a família. Por exemplo, quando a Palavra diz “não matarás”, é “defenderás” também”, afirma Faraj.

Foto: Divulgação/Igreja Presbiteriana