O que será que Bolsonaro vai dizer a Biden sobre Amazônia?

O encontro entre os presidentes deve ocorrer após demora de um ano e meio

08/06/2022 13:12

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o líder americano Joe Biden se falarão na próxima quinta-feira (9), pela primeira vez, em Los Angeles, Califórnia. O ato deve se concretizar após demora de um ano e meio.

Diante disso, o questionamento é: O que o presidente do Brasil vai dizer ao presidente americano sobre a Amazônia?

Um dos temas que poderia aparecer na mesa, por exemplo, seria o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.

A região atualmente é tomada por ações de grupos ilegais, de pescadores, garimpeiros e narcotraficantes.

Além disso, Bolsonaro trata com descaso o assunto, e desde que assumiu a presidência, nunca demonstrou qualquer proximidade ou domínio sobre a temática amazônia e a região.

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O tema da conversa

Os líderes devem discutir como lidar com a escassez de alimentos e com a inflação de combustíveis decorrentes em parte da Guerra na Ucrânia, planejar como otimizar cadeias produtivas no continente e garantir suprimento de minérios, comentar aspectos da democracia nos dois países e trocar informações sobre pautas de meio ambiente.

A expectativa da diplomacia de ambos os países é que o clima da conversa seja amistoso, sem caneladas ou indiretas espinhosas.

O encontro, pré-condição para que Bolsonaro comparecesse à Cúpula das Américas, organizada pelos americanos, deve encerrar simbolicamente o que o presidente brasileiro qualificou como um “congelamento” das relações entre os dois maiores países das Américas desde que Biden chegou ao poder, em janeiro de 2021.

“Ele (Biden) enviou uma pessoa especialmente pra conversar comigo e ali eu botei as cartas na mesa, eu falei da mudança do comportamento dos EUA com o Brasil quando o Biden assumiu. Com o Trump estava indo muito bem, tínhamos muitas coisas combinadas para fazer no Brasil. Quando entrou o Biden, simplesmente houve um congelamento. Da minha parte, não mudei minha política com eles”, disse recentemente Bolsonaro.