PF investiga relação do tráfico com desaparecimento de Bruno e Dom

Narcotraficante conhecido como Colômbia teria ordenado a colocar a "cabeça de Bruno (foto) a leilão

Servidor denunciou ataque a tiros contra agentes da Funai no Vale do Javari

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 11/06/2022 às 14:04 | Atualizado em: 11/06/2022 às 14:04

A Polícia Federal (PF) investiga a relação do narcotráfico com o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira (foto) e do jornalista inglês Dom Phillips.

É que há um esquema de lavagem de dinheiro feita por meio da venda de peixes e animais. Como informa O Globo.

Conforme a publicação, o jornal apurou que apreensões de peixes que seriam usados no esquema foram feitas recentemente por Pereira.

Desse modo, as embarcações levavam toneladas de pirarucus, peixe mais valioso no mercado local e exportado para vários países, e de tracajás.

Ou seja, espécie de tartaruga considerada uma especiaria e oferecida em restaurante sofisticados dentro e fora do país.

Dessa forma, a ação de Pereira contrariou o interesse do narcotraficante Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”.

Ele tem dupla nacionalidade brasileira e peruana. Colômbia usa a venda dos animais para lavar o dinheiro da droga produzida no Peru e na Colômbia.

Os dois países fazem fronteira com a região do Vale do Javari. Com isso, a droga é vendida a facções criminosas no Brasil.

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“Cabeça de Bruno a leilão”

Por isso, há suspeita de que ele teria ordenado a Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, a colocar a “cabeça de Bruno a leilão”.

Como resultado, Pelado foi preso na quarta-feira por porte de munição e de drogas, depois de denúncias de que estava envolvido no desaparecimento de Pereira e Phillips.

Ainda de acordo, com a publicação, o esquema criminoso tem a participação de colombianos do Cartel de Cali e peruanos da maior facção do país.

Eles atuam com a ajuda de pescadores brasileiros nas comunidades de Ladário, São Gabriel e São Rafael.

Inclusive essa última visitada pela indigenista e o jornalista antes de desaparecerem.

Eles haviam marcado um encontro com Churrasco, um líder comunitário que é tio de Pelado mas não foi ao compromisso.

Leia mais em O Globo.

Foto: Divulgação