Pesquisador diz que Bruno seria só mais um se não tivesse estrangeiro

Ele vê uma escalada no acirramento nas relações entre invasores e os povos indígenas nos últimos anos devido às ações do governo federal

Pesquisa dor diz que Bruno seria só mais se não tivesse estrangeiro

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 15/06/2022 às 11:59 | Atualizado em: 15/06/2022 às 12:02

“Se não tivesse estrangeiro, o Bruno seria só mais um desaparecido e iria ficar por isso mesmo”. Essa é a declaração do pesquisador Aiala Couto. Ele é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ao Uol, o pesquisador acrescentou:

“Seria mais um caso de impunidade. Já tivemos um colaborador da Funai assassinado e a investigação não andou”.

Assim, para Aiala, o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira no Vale do Javari só ganhou repercussão internacional por causa do sumiço do correspondente do jornal The Guardian.

A princípio, ambos foram vistos pela última vez há dez dias no trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

A localidade, portanto, fica no extremo leste do Amazonas. Bruno é servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Além disso, ele destacou que a presença do Estado na Amazônia é perversa:

“Os decretos do governo fragilizaram as políticas ambientais. A presença do Estado na Amazônia é perversa, porque atende aos interesses dos invasores e não enxerga conexão entre eles e o tráfico internacional de drogas e armas”

Dessa maneira, o pesquisador vê uma escalada no acirramento nas relações entre invasores e os povos indígenas nos últimos anos devido às ações do governo federal.

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