O jornalista e apresentador do programa Manhã de Notícias, Ronaldo Tiradentes aumentou para R$ 5 mil o valor da pergunta premiada sobre a fortuna do senador Eduardo Braga.
O ouvinte que conseguir fazer a “Eduardo Braga, você tem a nota fiscal do relógio Patek Philippe, no valor de 245 mil dólares, que você usa no pulso?, ganha o prêmio.
Valor do relógio
Com os valores convertidos para o real, o relógio citado custa algo em torno de R$ 2 milhões.
Ronaldo Tiradentes informou que os advogados do senador Braga ingressaram com duas ações na Justiça para impedir que a população realizasse a pergunta. Ambas foram negadas.
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Tiradentes tem mobilizado seus ouvintes com a proposta de pagar por perguntas feitas ao senador. O jornalista começou oferecendo R$ 1 mil e no fim de semana aumentou o valor.
Robson Tiradentes, irmão de Ronaldo, também entrou a ação e também oferece pagamento de R$ 1 mil para quem fizer perguntas, contidas no seu Instagram, ao senador Eduardo Braga.
Ações movidas pelo senador contra Tiradentes
Braga e Lula
O senador Eduardo Braga (MDB), enfim, conseguiu a carta que esperava para tentar levar adiante sua pré-candidatura a governador.
Ele será o palanque de Lula no Amazonas nas eleições deste ano. O parlamentar, porém, entra no jogo como contrapeso.
É que, no Nordeste, Lula precisa do MDB, que em troca pediu apoio petista à campanha do parlamentar no Norte.
A informação foi dada na tarde deste domingo por fontes da direção regional do PT, após a publicação da redação final do encontro de tática eleitoral realizada ontem pela legenda em Manaus.
O documento não cita o nome de Braga, mas deixa indicações.
A primeira delas diz que o partido não terá candidato a governador. Depois, que o PT-AM terá que assegurar palanque a Lula. E, por fim, que indicará o vice.
Assim, fontes da direção do partido, insatisfeitas com o desfecho que ainda será anunciado, anteciparam: o palanque será Eduardo Braga.
Contudo, eles antecipam também. O senador pode ficar com o apoio oficial, mas não levará a militância e parte dos dirigentes.
Traição
No caso da militância, pesa contra Braga o fato de ter traído a ex-presidente Dilma, em 2016, durante o processo de impeachment da petista.
O senador foi líder e ministro da ex-presidenta, mas não a ajudou contra o golpe.
Foto: Pedro França/Agência Senado