A médicos do CFM, Bolsonaro zomba da vacina e volta à cloroquina

Isso depois que a Procuradoria-Geral da República, de Aras e Lindôra, o livrou de crimes apontados pela CPI da covid

Defesa e Saúde se contradizem sobre a produção de cloroquina no país

Publicado em: 27/07/2022 às 20:21 | Atualizado em: 27/07/2022 às 20:21

Em evento do Conselho Federal de Medicina (CFM), nesta quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) zombou novamente da CPI da covid, elogiou ações de seu governo na pandemia – apesar dos quase 680 mil brasileiros mortos pela doença – e voltou a defender a cloroquina.

O tratamento, defendido por ele ao longo da pandemia, envolvia uma série de remédios sem eficácia contra a covid.

O chefe de governo voltou a se pronunciar contra a vacina. “Compramos vacina para todo mundo, de forma voluntária. Nunca exigi passaporte vacinal nem cobrei nada de ninguém, até porque eu nunca me vacinei. Entendo que isso é liberdade e democracia. É um direito meu. E estou vivo até hoje”, disse.

A comissão mostrou que o governo ignorou dezenas de e-mails da Pfizer tentando negociar o imunizante, que poderia ter chegado ao Brasil ainda em dezembro de 2021 e evitado a morte de milhares de pessoas.

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Segundo o jornal Estado de Minas, ao falar sobre a CPI da covid aos médicos hoje, Bolsonaro criticou os senadores Omar Aziz (PSD-AM), então presidente da comissão, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o vice, referindo-se a este último como “Randolfe ‘Fala Fino’ Rodrigues”.

De acordo com o jornal, os médicos presentes riram e aplaudiram. No final do evento, a matéria relata que a plateia ficou de pé e ouviram-se gritos de “mito”.

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Foto: Carolina Antunes/Presidência da República