Deputado do AM vê carta pela democracia como reação à escalada golpista

O manifesto, com mais de 925 mil assinaturas, tem ganhado força e notoriedade nas redes sociais após os repetidos ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), às urnas eletrônicas e ao estado democrático de direito

Diamantino Junior

Publicado em: 11/08/2022 às 12:47 | Atualizado em: 12/08/2022 às 18:33

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) reafirmou a importância da defesa da democracia durante sessão plenária nesta quinta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).

O parlamentar chegou a exibir um vídeo em que 42 artistas realizam a leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros pela Democracia.

O manifesto, com mais de 925 mil assinaturas, tem ganhado força e notoriedade nas redes sociais após os repetidos ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), às urnas eletrônicas e ao estado democrático de direito.

“A carta surge em um momento turbulento para a democracia brasileira e se faz indispensável como ferramenta de posicionamento, de mobilização para frear a escalada golpista em nosso país, por isso, apoio a iniciativa e assinei a carta pela democracia”, disse.

O manifesto de 2022 tem inspiração num documento de 1977, também elaborado no largo São Francisco e lido em 11 de agosto daquele ano.

A faculdade trata a data como um aniversário: em 11 de agosto de 1827, foi promulgada a lei que criou os primeiros cursos jurídicos do país, em São Paulo e Olinda.

O centro acadêmico também é batizado com o 11 de agosto. Mas a principal motivação da carta elaborada durante a ditadura militar foi a denúncia da “ilegitimidade” do regime. A manifestação de 2022 busca rememorar o “espírito cívico” reunido em 1977.

Leia mais

Carta pela democracia e urnas e contra Bolsonaro une diversidade

 “Assistindo essa fala, de repente voltei ao ano de 1977. Eu tinha 30 anos e eram três palavras de ordem àquela época. A primeira era ‘Anistia ampla geral e restrita’ para que os exilados pudessem voltar. Leonel Brizola, Miguel Arraes como tantos outros. A segunda era ‘Diretas Já’ e a terceira era ‘Assembleia Geral Constituinte’. A nossa geração conquistou tudo isso. E, 45 anos depois, temos que voltar ao mesmo lugar para tratar na mesma direção: estado democrático de direito, sempre”, destacou o deputado.

Foto: divulgação