Psol tenta brecar Bolsonaro de se beneficiar do ‘orçamento secreto’
O decreto do foi editado no último dia 6 para permitir o desbloqueio imediato de R$ 5,6 bilhões no orçamento de 2022
Ferreira Gabriel
Publicado em: 13/09/2022 às 15:53 | Atualizado em: 13/09/2022 às 15:53
O Psol pediu nesta terça-feira (13), ao STF suspensão de decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que acelera a liberação de recursos do “orçamento secreto” antes do primeiro turno das eleições.
O partido quer também que a Corte impeça o repasse de verbas pelas emendas de relator (RP9) até o fim das eleições deste ano.
O decreto do foi editado no último dia 6 para permitir o desbloqueio imediato de R$ 5,6 bilhões no Orçamento de 2022.
Para garantir o pagamento das emendas de relator o ato presidencial permite o remanejamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT e de todo o setor da Cultura (provenientes das leis Aldir Blac e Paulo Gustavo), o que o partido classifica como “ilegal”.
Na peça o partido alega que o decreto “Interfere na lisura e no equilíbrio das eleições, afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos, uma vez que permitem … que mandatários e candidatos aliados ao governo federal se beneficiem de obras e serviços no período eleitoral”.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiro, disse por meio da assessoria que a função da emenda de RP-9, por meio do orçamento secreto – esquema de distribuição de recursos por parlamentares, sem critérios técnicos e claros e sem transparência, revelado pelo Estadão – tem sido somente para atender e ampliar a base eleitoral de parlamentares em seus estados, “favorecendo contratos e compras superfaturadas e compra de apoio no Congresso para o presidente. Agora, com o Decreto 11.190, aumenta-se a potencial moeda de troca de apoio eleitoral”, argumenta.
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