Bolsonaro utiliza e-mail da PresidĂªncia para receber doaĂ§Ă£o eleitoral

AlĂ©m disso, a escolha do e-mail aponta que Bolsonaro tem utilizado servidores pĂºblicos na campanha.

Bolsonaro utiliza e-mail da PresidĂªncia para doaĂ§Ă£o eleitoral

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas

Publicado em: 15/09/2022 Ă s 10:51 | Atualizado em: 15/09/2022 Ă s 10:56

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem utilizando um e-mail institucional da PresidĂªncia da RepĂºblica para receber doações Ă  campanha de reeleiĂ§Ă£o.

Dessa forma, equipe do candidato criou um CNPJ com endereço cadastrado na Receita Federal [email protected].

Segundo o Brasil de Fato, trata-se do contato profissional do tenente-coronel do ExĂ©rcito Mauro Cesar Barbosa Cid, assessor do presidente da RepĂºblica.

AlĂ©m disso, a escolha do e-mail da PresidĂªncia aponta que Bolsonaro tem utilizado servidores pĂºblicos na campanha.

Assim como o caso tambĂ©m demonstra que o presidente tem utilizado serviços custeados pelo governo desconsiderando a finalidade prevista nas normas dos Ă³rgĂ£os que pertencem.

Como resultado, o CNPJ Ă© utilizado para abertura de conta bancĂ¡ria com a finalidade de receber doações e recursos prĂ³prios.

Da mesma forma, a conta bancĂ¡ria serve para o recebimento do Fundo PartidĂ¡rio e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

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SituaĂ§Ă£o complicada

Nesse sentido, o advogado Fernando Neisser, fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral, afirmou Ă  reportagem que a situaĂ§Ă£o Ă© “bem complicada”.

“Naturalmente, o CNPJ da campanha deve estar vinculado ao candidato ou ao seu partido. NĂ£o me parece minimamente aceitĂ¡vel que ele esteja cadastrado em um e-mail institucional da PresidĂªncia. Eu vislumbro que hĂ¡ uma conduta vedada a agente pĂºblico com risco de se atrair sanĂ§Ă£o. É claro que nĂ£o se trata um caso tĂ£o grave quanto de cassaĂ§Ă£o de candidatura. Mas, ao menos, pode motivar a aplicaĂ§Ă£o de uma multa”, declarou Neisser.

Conforme o advogado Martim de Assis Arantes “infelizmente, a situaĂ§Ă£o irregular em questĂ£o Ă© sĂ³ mais uma das jĂ¡ tradicionais atuações equivocadas em que o presidente confunde as reais atribuições seja de um funcionĂ¡rio, seja de um familiar, sejam suas prĂ³prias ações e atitudes”.

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Foto: ReproduĂ§Ă£o