Governo Bolsonaro é questionado pelo MPF sobre tragédia da 319

Pelo menos 12 veĂ­culos afundaram com o desabamento, jĂ¡ tendo sido registradas quatro mortes de ocupantes dos veĂ­culos

Escrito por Diamantino Junior

Publicado em: 30/09/2022 Ă s 18:29 | Atualizado em: 01/10/2022 Ă s 19:42

O MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF) encaminhou ofĂ­cio ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) requisitando informações sobre a obra realizada na ponte que desabou no Ăºltimo dia 28, no km 25 da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).

Pelo menos 12 veĂ­culos afundaram com o desabamento, jĂ¡ tendo sido registradas quatro mortes de ocupantes dos veĂ­culos.  HĂ¡ registros de pessoas ainda desaparecidas, alĂ©m de 14 feridos.

As condições de trafegabilidade no trecho da estrada que desabou vĂªm sendo acompanhadas pelo MPF, por meio de inquĂ©rito civil, desde o ano passado, a partir de representaĂ§Ă£o que apontava o rompimento iminente da via naquela altura.

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No inĂ­cio deste mĂªs, apĂ³s questionamento do MPF, o Dnit informou que o contrato para realizaĂ§Ă£o de obras emergenciais em 18 segmentos da estrada – incluindo o trecho da ponte que desabou – estava concluĂ­do e que aguardava o envio do documento tĂ©cnico demonstrativo das obras realizadas pela empresa contratada.

Informações sobre obra e causas do desabamento

No ofĂ­cio expedido, o MPF prevĂª prazo de cinco dias para que o Dnit informe se, atĂ© a finalizaĂ§Ă£o do contrato com a empresa AGO Engenharia de Obras Ltda, houve conclusĂ£o integral das obras previstas para recuperaĂ§Ă£o de erosões e se foi identificado algum risco de desabamento da ponte, alĂ©m das providĂªncias eventualmente adotadas.

O MPF questiona ainda qual o prazo previsto para que a empresa entregue ao Dnit o ‘As built’, documento tĂ©cnico que permite verificar exatamente quais as intervenções realizadas.

AlĂ©m disso, o Dnit deve informar ao MPF, tambĂ©m no prazo de cinco dias, as medidas que estĂ£o sendo adotadas para apuraĂ§Ă£o das causas do acidente e possĂ­veis responsabilizações.

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Foto: BNC Amazonas