Bolsonaro pede na ONU que políticos não ataquem a imprensa
Ele próprio é o maior agressor de jornalistas.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 05/10/2022 às 18:45 | Atualizado em: 05/10/2022 às 18:45
O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu na ONU que os políticos não ataquem a imprensa. Assim, longe do cercadinho em Brasília ou das redes sociais, ele adotou um tom diferente ao propor tal resolução.
Conforme documento do governo brasileiro, a resolução propõe que estados se comprometam com a “segurança dos jornalistas”.
Mas, para Jamil Chade, colunista do Uol, é gesto que contradiz a atitude do próprio presidente Jair Bolsonaro e de seus mais próximos aliados.
De acordo com a coluna do Uol, o documento foi submetido ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e deve ser votado entre hoje e sexta-feira.
Dessa maneira, o Brasil é um dos autores do projeto, ao lado da Áustria e outros países europeus.
Por outro lado, Jamil Chade destaca que ao longo dos últimos três anos e meio, Bolsonaro atacou jornalistas e ameaçou a imprensa.
Assim como fez gestos obscenos e dificultou o acesso à informação.
Por exemplo, na semana passada, seu filho Flávio Bolsonaro tentou censurar reportagens do UOL que revelavam o pagamento em dinheiro vivo de 51 imóveis pela família do presidente.
Nesse sentido, segundo a Abraji, o presidente e seus filhos fizeram 801 ataques contra a imprensa desde 2021.
De acordo com a entidade Repórteres Sem Fronteira, 2,8 milhões de postagens foram feitas nas redes sociais contra jornalistas apenas no primeiro mês de campanha eleitoral, em 2022.
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Foto: Marcos Corrêa/PR