Agentes do general Heleno tentaram invadir sede da transição de Lula

O prédio funciona como sede para que a equipe do petista trabalhe na transição

Diamantino Junior

Publicado em: 18/11/2022 às 09:51 | Atualizado em: 18/11/2022 às 09:51

Flávio Dino (PSB), coordenador de Justiça da transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou em entrevista à revista Veja que agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) tentaram ocupar o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). O prédio funciona como sede para que a equipe do petista trabalhe na transição.

“No momento em que temos um presidente recluso há duas semanas, houve uma estranha tentativa de ocupação do prédio de transição pelos agentes do general Augusto Heleno, que não se notabiliza pela educação e pelo bom senso”, afirmou Dino, ao ser questionado se a equipe de transição encontra má vontade do atual governo para passar o bastão.

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“A transição possível está sendo feita, em um ambiente muito conflituoso por parte do governo atual. É o que temos”, disse também o senador eleito.

Procurado pelo UOL, o GSI disse que a declaração sobre a tentativa de ocupação do CCBB não procede.

Dino também foi questionado se já recebeu o convite para ser ministro da Justiça — ele é um dos principais cotados para assumir o comando da pasta no futuro governo Lula.

“Não houve nem sondagem. Participo da transição, com outros colegas. A decisão do presidente Lula deverá sair somente em dezembro. Quando digo que vou colaborar, pode ser como integrante do governo ou como senador”, respondeu.

Nesta quinta-feira (17), Dino afirmou que considera que o “escopo principal” do seu grupo técnico na transição de governo é analisar a possibilidade de revogação de decretos armamentistas editados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos.

Em seus anos de mandato, Bolsonaro editou 17 decretos, 19 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei que flexibilizam as regras de acesso a armas e munições.

Os CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) são os principais beneficiados com uma série de normas.

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Foto: divulgação