Mourão alfineta Bolsonaro em última mensagem do ex-governo

O ex-vice presidente fez críticas às “lideranças” que, por meio do “silêncio” e do “protagonismo inoportuno e deletério”, contribuíram para um “clima de caos”

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Publicado em: 01/01/2023 às 10:33 | Atualizado em: 01/01/2023 às 10:33

O presidente em exercício e senador eleito pelo Rio Grande do Sil, Hamilton Mourão (Republicanos) alfinetou Jair Bolsonaro.

Em pronunciamento em rede de rádio e TV na noite deste sábado (31), a última de 2022 e do governo Bolsonaro, Mourão fez críticas às “lideranças” que, por meio do “silêncio” e do “protagonismo inoportuno e deletério”, contribuíram para um “clima de caos”.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e desagregação social e, de forma irresponsável, deixaram com que as Forças Armadas, de todos os brasileiros, pagassem a conta, para alguns por inação e por outros por fomentar um pretenso golpe”, disse o general da reserva em rede nacional.

Segundo o vice-presidente, a democracia brasileira foi “vilipendiada e sabotada por representantes dos três Poderes da República pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum”. Ele creditou a isso a “falta de confiança, de parcelas significativas da sociedade, nas principais instituições públicas”.

Confira o vídeo:

No pronunciamento, Mourão também defendeu o governo do qual fez parte e falou sobre a importância da alternância de poder, mas disse que haverá oposição ao governo que entra.

“Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das economias mais prósperas e com resultados mais significativos pós-pandemia, no concerto das nações”, disse ele.

Sobre o governo Lula, também sem citar o presidente que será empossado neste domingo (1º), Mourão disse que “a alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos, cumpre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas, o país tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo”.

Leia mais na matéria de Rafael Veleda no Metropoles

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Foto: Reprodução