‘Mandado de prisão’ de Moraes foi gerado com credencial do CNJ
Como o Banco Nacional de Mandados de Prisão é abastecido com informações de tribunais de todo o país, uma credencial externa poderia ter sido usada
Diamantino Junior
Publicado em: 11/01/2023 às 11:13 | Atualizado em: 11/01/2023 às 11:14
Uma credencial usada por servidor do próprio Conselho Nacional da Justiça (CNJ) foi usada para invadir o sistema e atacar o ministro Alexandre de Moraes, apontam investigações preliminares.
Como o Banco Nacional de Mandados de Prisão é abastecido com informações de tribunais de todo o país, uma credencial externa poderia ter sido usada para a chiste direcionada a Moraes.
Como informado pela coluna, o sistema do CNJ foi usado indevidamente para incluir um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.
Leia mais na coluna de Paulo Cappelli no portal Metrópoles
CNJ instaurou investigação
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu investigação após um usuário cadastrado entrar no sistema eletrônico para expedir mandado de prisão contra Alexandre de Moraes. A Polícia Federal também investiga o caso.
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A coluna revelou na quarta-feira (04/1), o sistema oficial do CNJ registrava a expedição de mandado de prisão de Moraes em ato que, segundo o documento, teria sido determinado pelo próprio ministro do STF. Depois desse episódio, o CNJ restringiu acessos à plataforma.
Eis a íntegra da nota do CNJ:
“O Conselho Nacional de Justiça identificou inconsistência ‘fora da padrão’ no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, introduzida por usuário regularmente cadastrado no sistema.
O caso já se encontra sob investigação oficial das autoridades responsáveis. Cautelarmente, e como medida de segurança, haverá restrição de acessos à plataforma, embora esteja preservada a integridade das demais informações que foram, regularmente, produzidas dentro do sistema”.
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF