O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou um recurso da defesa de Jair Bolsonaro (PL) contra a multa de R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada, aplicada após reunião do ex-presidente com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022.
Conforme o G1, Moraes alegou que Bolsonaro “extrapolou” as atribuições de presidente no encontro com os diplomatas, no qual divulgou mentiras sobre o sistema eleitoral.
A condenação do ex-presidente ocorreu em setembro do ano passado, às vésperas do primeiro turno das eleições.
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Por unanimidade, os ministros da Corte Eleitoral acompanharam o voto da ministra Maria Claudia Bucchianeri, a relatora do tema. A ministra votou a favor da condenação e da imposição de multa.
Os advogados do ex-presidente apresentaram um tipo de recurso que é destinado ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas deve passar por uma análise prévia do TSE.
A defesa sustentou que a decisão do tribunal eleitoral seria contrária à Constituição, por violar a liberdade de expressão.
Na decisão, Moraes pontuou que a liberdade de expressão, direito previsto na Constituição, não “protege a desinformação contra a legitimidade das eleições”. E considerou que a conduta de Bolsonaro “extrapolou os limites de atuação como Chefe de Estado”.
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Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil