Investigação da Polícia Federal que apura a exploração sexual de garimpeiros contra meninas na terra ianomâmi mostra que os integrantes do grupo são “extremamente violentos”.
Conforme o G1, uma menina de 15 anos contou ao Conselho Tutelar que passou cerca de 30 dias numa área de garimpo e que fazia até 16 programas por noite.
Dessa forma, até agora, a polícia já identificou quatro pessoas envolvidas na rede que recruta mulheres para prostituição.
Foram presas duas irmãs, no último sábado (18). No entanto, o marido de uma delas e uma outra mulher, estão foragidos.
Investigadores chegaram até a identidade deles após o resgate da menina de 15 anos.
Ao deferir o pedido, o juiz da Vara de Crimes contra Vulneráveis da Justiça Estadual de Roraima, citou a periculosidade dos investigados.
“Convém assinalar, ademais, a gravidade dos delitos investigados (associação criminosa, exploração sexual, estupros e afins) e a periculosidade social dos representados, mormente em razão da vítima que não quis sequer se identificar por temer pela própria vida, ressaltando que os envolvidos são pessoas extremamente violentas, envolvidas com tráfico de drogas, armas, exploração criminosa, e, ainda, “faccionados”. Evidenciado, portanto, o periculum libertatis”, cita trecho da decisão.
Além da primeira vítima, a PF identificou e ouviu outras duas: uma adolescente, de 17 anos, e uma jovem, de 19.
Elas revelaram que durante o período menstrual eram obrigadas a atender os clientes e a colocar na vagina um tampão de algodão.
Além disso, as três relataram constantes ameaças e intimidações caso saíssem dos locais sem autorização dos criminosos.
De acordo com a investigação, atraídas pelas redes sociais com promessas de falsos trabalhos, as vítimas são levadas ao território com dívida inicial de R$ 10 mil.
Leia a reportagem completa no G1 .
Foto: Bruno Kelly/Instituto Socioambiental