A fundação hospitalar Alfredo da Matta, do sistema de saúde do Amazonas, é uma das instituições que representam o Brasil na 1ª Reunião Global sobre Doenças Tropicais Negligenciadas relacionadas à pele, em Genebra (Suíça).
O evento é na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Desde segunda (27), e até o dia 30, 600 especialistas globais discutem a implantação de ações generalizadas para tratar essas doenças.
A entidade do Governo do Amazonas foi convidada pela OMS em fevereiro, durante a visita do médico indiano Venkata Pemmaraju a Manaus. Ele é a autoridade global de hanseníase da organização,
Na OMS, a fundação apresenta as ações de combate à hanseníase em Manaus e em todo o estado por meio do programa do qual é responsável.
A coordenadora do centro colaborador da OMS no Amazonas e pesquisadora da fundação, Silmara Pennini, apresentou um panorama geral da dermatologia no estado.
Os participantes viram também como é feito o trabalho que inclui exames de crianças nas escolas, idas aos municípios para exames dermatológicos da população mais distante, as campanhas e os mutirões dermatológicos.
A repercussão foi muito boa, até porque nossos resultados têm sido muito bons. Temos demonstrado uma queda dos números de casos novos de hanseníase ao longo de anos. Isso é fruto de um trabalho em conjunto de toda equipe que vem trabalhando há décadas nesse sentido. Eles consideraram essas ações inovadoras, embora a gente já venha fazendo há muito tempo , afirmou Silmara.
Para a chefe de departamento da fundação e epidemiologista Valderiza Pedrosa, que também está em Genebra, a visita à OMS na condição de palestrante deve render bons frutos ao trabalho da fundação.
A fundação Alfredo da Matta ganha muito nessa reunião. Principalmente no relacionamento com a OMS e com a Organização Panamericana da Saúde. Além do que, abre caminhos para novas parcerias.
As doenças de pele são a terceira causa mais prevalente de doença e uma das 10 principais causas de incapacidade.
Eles também estão entre as 10 causas mais comuns de consultas ambulatoriais.
Todos eles exigem detecção semelhante por meio do exame da pele e abordagens de gerenciamento de casos que apresentam oportunidades de integração, o que aumenta a relação custo-benefício e expande a cobertura.
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A hanseníase no Amazonas
No Amazonas, em 2022, foram detectados 338 casos novos de hanseníase.
Desses 113 (33,4%) eram residentes de Manaus e 225 (66,6%) em 47 municípios.
Os dados são da fundação.
*Com informações da assessoria de comunicação da fundação.
Foto: divulgação/OMS