Ex-presidente Jair Bolsonaro mantém presentes recebidos durante o mandato sem avaliação do patrimônio histórico do Palácio do Planalto.
Entre os itens estão joias, canetas de luxo, uma espingarda semi-automática, um assento massageador e uma amostra de pedras ametistas.
Bolsonaro pedia à equipe para não catalogar os presentes, permitindo apenas um registro genérico.
Segundo documentos obtidos pelo jornal O Globo, 94 itens foram retidos antes mesmo de serem avaliados.
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No inventário com mais de 9 mil presentes entregues a Bolsonaro, os funcionários do Palácio do Planalto escreviam apenas que “não foi possível detalhar a descrição da peça, uma vez que a mesma foi entregue diretamente ao presidente, a pedido do mesmo, sem passar por este GADH”.
A defesa do ex-presidente não respondeu sobre a prática, mas negou qualquer irregularidade nas peças incorporadas ao acervo pessoal de Bolsonaro em ocasiões anteriores.
Leia mais na matéria de Patrik Camporez e Dimitrius Dantas publicada no portal do jornal O GLOBO
Erro, diz ex-presidente
Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto quebrou o silêncio e comentou pela primeira vez o caso das joias doadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro .
Em entrevista à coluna durante o evento do PL Mulher nesta terça-feira (21), Valdemar admitiu que Bolsonaro pode ter errado, mas minimizou o impacto do caso para o futuro político do ex-presidente.
“O caso das joias: ele devolveu, não é um assalto. Vai passar. As coisas acontecem, a gente erra demais”, afirmou o presidente do PL.
Valdemar disse não temer que Bolsonaro se torne inelegível. Segundo ele, não há provas contra o ex-presidente. “O problema é com a Justiça Eleitoral, eles são adversários”, disparou.
Bolsonaro, vale lembrar, já prometeu devolver as joias que ganhou dos sauditas e incorporou a seu acervo pessoal, mas ainda aguarda ser notificado pelo TCU para entregar os objetos .
Leia mais na coluna de Igor Gadelha no Metrópoles
Foto: divulgação