O jornal O Estado de S. Paulo informou, nesta terça-feira (28/3), que os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato e que ele queria manter como patrimônio pessoal foram guardados em uma fazenda de propriedade do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet.
O Tribunal de Contas da União (TCU) está questionando a inclusão de joias e armas recebidas por Bolsonaro em seu acervo pessoal.
Alguns desses presentes, como joias oferecidas pelo governo da Arábia Saudita, foram devolvidos ao governo federal pela defesa de Bolsonaro.
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A fazenda de Piquet fica em Brasília, no bairro nobre de Lago Sul, e recebeu dezenas de caixas de presentes a partir de dezembro do ano passado.
Segundo o Estadão, o ex-presidente enviou à fazenda do amigo os itens mais valiosos, como joias, e incluiu no acervo público apenas livros e cartas.
Crime de racismo
O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) pediu na quarta-feira (08/3) a condenação do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet por ofensas racistas e homofóbicas contra o corredor Lewis Hamilton.
O caso investigado ocorreu em 2021, mas repercutiu nas redes sociais em 2022, quando uma entrevista do corredor brasileiro, em que ele fala as ofensas, foi publicada.
Nas imagens, é possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de “neguinho” ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen durante o Grande Prêmio de Silverstone de Fórmula 1, na Inglaterra.
“O neguinho meteu o carro de não deixou (Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*deu. Fez uma p*ta sacanagem”, criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira.
Em outro momento o corredor chegou a dizer que o “O ‘neguinho’ devia estar dando mais o c* naquela época”.
O Correio teve acesso ao parecer do MPDFT sobre o processo que pede R$ 10 milhões de indenização a Hamilton e o valor deve ser utilizado para abrir editais a órgãos que defendem temas e questões envolvendo os grupos atingidos. Em nota, o MP relembrou que o procedimento investigatório criminal instaurado para apurar a injúria racial foi arquivado por desinteresse da vítima.
Leia mais na matéria de Raphael Veleda no portal Metrópoles
Foto: divulgação