O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) começa a julgar, nesta terça-feira (9), o médico Édson Ritta Honorato, de 67 anos, investigado pela morte de dois pacientes, em Manaus, em 2022.
Ele é acusado de negligência médica durante o procedimento de implantação de balão gástrico nos pacientes Melina Seixas e Alan Braga.
De acordo com G1, o CRM informou que não pode dar detalhes do caso, porque o processo está sob sigilo.
O conselho não respondeu se o médico está atuando após as mortes. Também não confirmou se a cassação do registro dele está na pauta do julgamento.
O primeiro julgamento no CRM é referente à morte da jornalista Melina Seixas. A família da vítima (foto destaque) entrou com uma ação contra o médico no conselho.
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Segundo a família, no dia 5 de fevereiro de 2022, Melina procurou a clínica Endograstro de Manaus, no bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul de Manaus, para fazer a implantação de um balão gástrico. Edson Ritta foi o médico responsável pela cirurgia.
Darlan Taveira Peres, marido da vítima, contou que acompanhou a esposa no dia do procedimento.
De acordo com ele, as informações repassadas pelo médico e pela equipe de apoio não esclareceram como a cirurgia seria feita.
“Disseram que o procedimento era algo simples, e que em 30 minutos ela estaria apta para voltar para casa”, relatou o marido.
Como o procedimento demorou mais do que o esperado, o marido decidiu perguntar ao médico sobre a esposa. Segundo Darlan Peres, Edson Ritta respondeu que a paciente estava bem e dormindo.
O marido da jornalista contou que quase uma hora depois, socorristas do Samu entraram na clínica e ele percebeu que havia algo de errado.
Quando questionado por Darlan, o médico afirmou que Melina não havia acordado e que tinha sofrido uma parada cardiorrespiratória.
A jornalista foi levada para o Hospital Pronto Socorro 28 de Agosto, onde sofreu outras paradas cardíacas. Ela morreu na unidade de saúde.
O caso revoltou a família, que cobra o afastamento do médico das funções.
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Foto: reprodução/site AM1