Petrobrás insiste mais um vez na exploração de Petróleo no rio Amazonas
A estatal se compromete a garantir 12 embarcações, sendo duas delas a serem mantidas de prontidão.

Da Redação do BNC Amazonas*
Publicado em: 26/05/2023 às 07:10 | Atualizado em: 26/05/2023 às 07:12
A Petrobrás protocolou, nessa quinta-feira (25), no Ibama, um pedido de reanálise da licença ambiental para exploração de petróleo na bacia da Foz do rio Amazonas.
Conforme publicou a Agência Brasil, a estatal quer que o órgão ambiental reconsidere o indeferimento da licença.
Dessa forma, a empresa petrolífera precisa da autorização ambiental do Ibama para iniciar a perfuração do poço exploratório do bloco FZA-M-059.
A área fica localizada em águas profundas, a 175 quilômetros da costa do Amapá.
A exploração é uma fase do empreendimento em que a petrolífera avalia o potencial comercial do bloco, verificando se a jazida realmente existe e qual o perfil do óleo e gás existentes ali.
Nesse sentido, só então a empresa decide se começa a produzir ou não petróleo naquela área.
No pedido de concessão da licença ambiental, a Petrobras se compromete a garantir 12 embarcações, sendo duas delas a serem mantidas de prontidão ao lado da sonda para fazer o recolhimento imediato do óleo eventualmente vazado.
Também são compromissos da empresa:
- manter cinco aeronaves para monitoramento,
- transporte e resgate,
- além de 100 profissionais especializados na proteção de animais,
- estrutura nacional para proteção da costa,
- articulação com países da região,
- sistemas avançados de contenção de óleo,
- sistema de bloqueio de vazamentos de poços (Capping),
- estrutura dedicada de coordenação
- e resposta a emergências e tratamento de animais em caso de vazamento.
Sobretudo, o atendimento à fauna em eventuais desastres seria feito por duas bases: uma existente em Belém e outra no Oiapoque (AP), que será ampliada.
Trata-se de uma atividade temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco meses. Somente após a perfuração desse poço, se confirmará o potencial do bloco, a existência e o perfil de eventual jazida de petróleo, informa a Petrobras em nota.
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Licenciamento ambiental
Segundo a empresa, a efetiva produção de petróleo e gás na região dependerá de novo procedimento de licenciamento ambiental, com estudos e projetos ambientais mais detalhados.
“A estrutura de resposta a emergência apresentada pela Petrobras neste projeto é a maior dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas bacias de Campos e Santos”, diz a nota da empresa.
O presidente da companhia, Jean Paul Prates, afirmou que o “processo foi conduzido com a máxima diligência pelas equipes de sustentabilidade e meio ambiente da Petrobras, que trabalha desde quando assumiu a concessão da ANP [Agência Nacional de Petróleo] para executar todas as etapas do programa exploratório da concessão federal do bloco FZA-M-59”.
*Com informações da Agência Brasil.
Foto: Agência Brasil