O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), em encontro com executivos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) na Cúpula da Amazônia, em Belém, falou da importância do apoio a novos projetos ambientais no estado.
Com a presença de outros governadores da região amazônica, Lima fez um balanço da parceria do seu governo com o banco no encontro “Conversa de alto nível entre os governadores brasileiros da Amazônia Legal”.
Nesse sentido, além de governadores da Amazônia, estiveram presentes o presidente do BID, Ilan Goldfajn, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Conforme Lima, o evento realizado pelo BID serviu como importante troca de experiências. Ele apresentou resultados de projetos exitosos em parceria com o banco, citando, por exemplo, os programas de saneamento Prosai, de Maués e Parintins, e o Prosamin em Manaus.
Resultados
De acordo com ele, o Prosai Maués fez com que o município alcançasse o maior percentual de tratamento de esgoto do interior do Amazonas (50%), além de 100% de cobertura de água potável.
O mesmo modelo, disse o governador, está sendo levado para Parintins, que deverá sair de zero para 25% de cobertura de tratamento de esgoto.
Com o Prosamim, Lima disse que foram reassentadas quase 800 famílias das comunidades da Sharp e Manaus 2000.
“Também aproveitei para reforçar o pedido para o Governo do Estado do Amazonas ter o apoio para o nosso Guardiões da Floresta, tanto do BID quanto do Banco Mundial”, disse.
A importância do financiamento a projetos como o Escola da Floresta, para implantação de escolas com conceito ambiental nas unidades de conservação estaduais.
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Banco Mundial
Nesta segunda (7), Lima teve reuniões com a vice-presidência do Banco Mundial para tratar, entre outras questões, sobre a colaboração entre o Banco Mundial e o Governo do Amazonas.
A pauta inclui a preparação da segunda fase do financiamento de políticas de desenvolvimento para sustentabilidade fiscal e ambiental do Amazonas.
Amazônia para sempre
Desse modo, o objetivo do encontro foi discutir o programa Amazônia Sempre, apresentado pelo BID no fim de junho deste ano para acelerar o desenvolvimento sustentável na região amazônica, avaliando ferramentas para obter financiamentos aos projetos na região e ouvir as demandas dos estados.
Sendo assim, o Amazônia Sempre abordará as áreas prioritárias seguintes: população local; agricultura e silvicultura sustentáveis; bioeconomia; infraestrutura; cidades sustentáveis e conectividade.
Assim, o programa terá como foco a promoção da inclusão de mulheres, povos indígenas, afrodescendentes e comunidades locais; clima e conservação da floresta e fortalecimento das capacidades institucionais e do estado de direito.
O programa terá ainda uma abordagem em três frentes:
uma plataforma para mapear recursos financeiros existentes dedicados à Amazônia;
um mecanismo de preparação de projeto para desenvolver planos de investimento para os territórios amazônicos e ampliar o valor de US$ 1 bilhão em projetos do BID já identificado para a região em 2023;
e estabelecer uma rede de ministros de Finanças e do Planejamento, além de um grupo técnico com apoio do BID para supervisionar o progresso e resultados do programa Amazônia Sempre em questões econômicas e financeiras.
BID
Dessa forma, o BID trabalha na região amazônica desde sua criação em 1959, investindo em desenvolvimento sustentável e agricultura sustentável, educação, desenvolvimento urbano, inclusão social e gestão fiscal, entre outras áreas.
Atualmente, poranto, o Banco mantém uma equipe técnica em cada país da Amazônia e tem uma Unidade de Coordenação da Amazônia dentro de seu Setor de Mudança Climática e Desenvolvimento Sustentável, responsável por coordenar o Amazônia Sempre.
Foto: Diego Peres/Secom