Ipaam flagra empresas da ZFM abrindo lixão no Puraquequara

Multa pela infração ambiental ultrapassa R$ 1 milhão

Ipaam flagra empresas da ZFM abrindo lixão no Puraquequara

Ednilson Maciel

Publicado em: 06/09/2023 às 15:25 | Atualizado em: 08/09/2023 às 16:23

O Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam) embargou, um aterro ilegal na rua Tingui, antigo ramal do Beto, estrada do Puraquequara, zona leste de Manaus.

O órgão recebeu denúncia de que resíduos industriais, oriundos de duas empresas do polo industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus), estavam sendo descartados a céu aberto.

Dessa maneira, fiscais do Ipaam estiveram no local, no último dia 30 de agosto, e constataram o ilícito.

Assim, o embargo aconteceu um dia após o flagrante de crime ambiental e a multa totaliza mais de R$ 1 milhão.

Nesse sentido, o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, destacou que o trabalho dos fiscais do Instituto está ligado diretamente às denúncias que a sociedade apresenta ao órgão.

“Ações de fiscalização como essa são realizadas com o apoio da população, que denuncia e ajuda o órgão ambiental na missão de cuidar do meio ambiente”, afirmou Valente.

Fiscalização

Então, durante a fiscalização se constatou a existência de aterro, descarte e manipulação de resíduos sólidos. Po rexemplo, em sua maioria compostos por pneus, pallets e embalagens de madeira, entulhos e restos de construção civil. Havia, ainda, uma pilha de embalagens de big-bags e tambores metálicos vazios.

Constatou-se, também, no local a presença de um trator de esteira que fazia o transporte dos resíduos de um lugar ao outro do terreno. Além da manipulação de pallets para reaproveitamento para a instalação de barracos em uma área de invasão vizinha à área fiscalizada.

Da mesmam forma, constatou-se ainda uma pequena criação de suínos que tinham seus abates realizados sem quaisquer condições higiênicas, dentre outras infrações.

Os fiscais ambientais retornaram ao local para realizar um sobrevoo, registrando imagens com drone e ratificar o termo de embargo/interdição (733/2023) e paralisar as atividades ilícitas.

Ao todo, três autos de infração no valor de R$ 1,450 milhão foram emitidos e um termo de embargo de 3,22 hectares foi lavrado.

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Foto: divulgação/Secom