CombustĂveis: governo quer operador nacional fiscalizando preços
A proposta visa que o operador trabalhe em prol do consumidor.

Publicado em: 30/10/2023 Ă s 20:01 | Atualizado em: 30/10/2023 Ă s 20:03
Nesta segunda-feira (30/10), o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apresentou a proposta de estabelecer um operador nacional para a distribuiĂ§Ă£o de combustĂveis, semelhante ao modelo jĂ¡ em vigor no setor elĂ©trico.
Silveira enfatizou que a proposta visa atribuir ao operador a responsabilidade de garantir o abastecimento nacional e supervisionar a qualidade dos combustĂveis.
Essa funĂ§Ă£o, atualmente desempenhada pela AgĂªncia Nacional de PetrĂ³leo, GĂ¡s Natural e BiocombustĂveis (ANP), serĂ¡ um projeto de lei enviado ao Congresso.
“Queremos criar o Operador Nacional do Sistema de DistribuiĂ§Ă£o de CombustĂveis, que serĂ¡ complementar Ă atuaĂ§Ă£o da ANP. Isso assegurarĂ¡ que, toda vez que o preço for reduzido na refinaria pela PetrobrĂ¡s ou outros importadores, essa diminuiĂ§Ă£o seja repassada ao consumidor. A fiscalizaĂ§Ă£o da ANP possui limitações nesse aspecto”, declarou o ministro.
AlĂ©m de supervisionar os tributos, o novo operador tambĂ©m serĂ¡ encarregado de monitorar os estoques reguladores para garantir o abastecimento de combustĂveis.
O governo se inspira no modelo atual do setor elĂ©trico, onde o Operador Nacional do Sistema ElĂ©trico (ONS) coordena e controla as instalações de geraĂ§Ă£o e transmissĂ£o de energia conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
O presidente da PetrobrĂ¡s, Jean Paul Prates, ressaltou a necessidade de um sistema integrado para a distribuiĂ§Ă£o de combustĂveis.
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Ele mencionou a importĂ¢ncia de monitorar nĂ£o apenas o preço na bomba, mas tambĂ©m a origem do produto, a fim de justificar a razoabilidade dos valores.
Com a alteraĂ§Ă£o na polĂtica de preços da PetrobrĂ¡s em maio, os preços de venda nas refinarias da empresa e de importadores passaram a ter fundamentos distintos.
Enquanto os custos internos e a oportunidade de mercado guiam os preços da PetrobrĂ¡s, os importadores lidam com variações do mercado global e custos logĂsticos para trazer combustĂvel ao Brasil.
Apesar de a PetrobrĂ¡s ser responsĂ¡vel por grande parte dos combustĂveis consumidos no paĂs, o Brasil ainda depende de importações, cujos preços sĂ£o ditados pelo mercado internacional.
Grandes discrepĂ¢ncias entre os preços externos e internos podem desencorajar a importaĂ§Ă£o e pressionar o abastecimento nacional.
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Foto: Marcello Casal/AgĂªncia Brasil