O Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (15/12), o vídeo removido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL ) sobre os eventos golpistas de 8 de janeiro.
O ministro Alexandre de Moraes ordenou que a Meta, empresa controladora do Facebook, fornecesse o material, mas a plataforma afirmou não possuir mais o conteúdo.
No entanto, o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos conseguiu recuperar a postagem.
O vídeo está incluído no relatório técnico elaborado pela Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do MPF.
Além de enviar o relatório, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos solicita uma petição específica para garantir a investigação do caso em relação à conduta do ex-presidente e da Meta.
“Com a remessa do relatório, o vídeo e as informações relativas à postagem ficam juntadas aos autos do Inquérito 4921, que investiga a incitação aos atos antidemocráticos”, declara o órgão. O relatório pericial detalha o procedimento técnico usado na recuperação do vídeo. O coordenador do GCAA solicita que o ministro Alexandre de Moraes determine à Secretaria Judicial do STF que inclua nos autos documentos comprobatórios da notificação à empresa para apurar a ausência de cumprimento de decisão judicial por parte da Meta.
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O vídeo, compartilhado por Bolsonaro em 10 de janeiro, questionava o resultado e a validade das eleições gerais de 2022.
O conteúdo foi apagado duas horas depois.
O ministro Alexandre de Moraes havia ordenado que a Meta entregasse o vídeo sob pena de multa diária de R$ 100 mil, mas a empresa alegou que a postagem foi deletada pelo próprio usuário, impossibilitando o cumprimento da ordem.
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Foto: Beto Barata/PL