Ibama em greve, multas na Amazônia caem 92% comparadas com 2023

A diminuição das multas é reflexo das paralisações dos trabalhadores do Instituto

Ferreira Gabriel

Publicado em: 17/01/2024 às 11:59 | Atualizado em: 17/01/2024 às 11:59

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu 11 autos de infração nos primeiros 15 dias de 2024. O número é 92,6% menor se comparado ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 148 multas ambientais.

Os dados são de levantamento da Ascema (Associação Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) divulgada nesta terça-feira (16). Segundo a associação, a diminuição das multas é reflexo das paralisações dos trabalhadores do Instituto.

“Em meio à mobilização atual dos servidores pela reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e por melhores condições de trabalho, onde optaram por suspender as atividades de campo, registrou-se uma queda significativa no número de multas emitidas na mesma região”, diz a Ascema em nota.

Desde 2 de janeiro, havia pelo menos 1.400 trabalhadores do Ibama em greve, juntamente com outras centenas de funcionários do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que aderiram à paralisação dias depois. A intenção era pressionar o governo Lula da Silva (PT) por reajuste salarial.

A redução das multas não significa que crimes ambientais foram cometidos em menor número. Pouco antes, em 21 de dezembro de 2023, a Justiça Federal de Roraima determinou a criação de um novo cronograma de ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Na decisão, são citados a União, Funai, o Ibama e o ICMBio.

Leia mais no Portal Poder360

Leia mais

Amazônia: nova política ambiental reduz desmatamento em 50%

Foto: Vinícius Mendonça/Ibama