O ex-todo poderoso coronel Alfredo Menezes Júnior deixou o PL nesta segunda-feira (25) criticando o presidente estadual, o ex-senador Alfredo Nascimento.
Por meio de aliado, Menezes acusou Nascimento de ter vetado a chapa puro-sangue do PL em que seria o vice-prefeito de Alberto Neto.
“Alfredo [Nascimento] optou por frear a união entre os dois pesos pesados da direita local”, afirmou em post no Instagram, se auto-afirmando com bagagem na política sem nunca ter vencido uma eleição sequer.
O outro peso pesado a que se refere é o deputado federal Alberto Neto, pré-candidato a prefeito. E com as bênçãos da cúpula do PL em encontro ao qual Menezes não foi convidado, apesar do seu “peso”
Conforme seus cálculos matemáticos, Menezes previa vitória da chapa puro-sangue do PL na eleição de outubro.
No entanto, ele não incluiu nessa conta que precisaria do apoio de Nascimento, a quem criticava publicamente. A exemplo do que fazia com a bancada federal do Amazonas no Congresso quando ganhou do seu compadre Bolsonaro o comando da Suframa e da ZFM (Zona Franca de Manaus).
Naquele momento, sentindo-se poderoso interlocutor do Planalto no Amazonas, Menezes desdenhou de políticos que hoje lhe dão troco.
Para piorar sua situação no estado, pelo que tudo indica, Menezes mostra que também está cada vez mais distante de Bolsonaro. Aquelas fotos e vídeos que lhe eram permitidas exclusivamente já não fazem parte da sua propaganda nas redes sociais.
Nem mesmo os anúncios de idas ao Amazonas lhe são confiadas em primeira mão por Bolsonaro. Essa primazia agora é de Alberto Neto, a quem o compadre até cede sua cama e hospedagem.
É, Menezes parece ter entrado no inferno astral em um momento bem delicado, o de eleição.
Leia mais
Rumo e futuro incertos
De acordo com o aliado, a decisão do coronel reservista de deixar o PL é irreversível.
Quanto ao seu próximo abrigo partidário, parece incerto.
Isso porque, sem Bolsonaro, seu poder de articulação fica bem limitado.
Como resultado, o sonho de ser prefeito de Manaus fica bem distante. E começar como vereador não satisfaz seu ego, de se imaginar todo poderoso detentor de votos que recebeu em eleição com outra realidade política.
Foto: reprodução