O governador do Amazonas, Wilson Lima, autorizou hoje (8) a empresa Potássio do Brasil a instalar toda a infraestrutura para iniciar a extração da silvanita no município de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus, no rio Madeira.
Com validade de três anos, a licença ambiental de instalação autoriza a construção da parte administrativa e funcional do complexo.
Conforme Lima, a empresa vai fazer um investimento de R$ 13 bilhões nessa fase de instalação do projeto de exploração do potássio.
Ele prevê uma arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais, só por parte da empresa, de R$ 25 bilhões em 23 anos de extração do minério usado para fabricação de fertilizante agrícola. Dessa forma, o governo estadual faz andar um processo de licenciamento do negócio que já dura pelo menos 15 anos.
Lima afirmou ainda que nessa fase de instalação da empresa, a expectativa é de geração de 2,5 mil postos de trabalho, de forma direta. Quando em operação, a previsão é de emprego para 17 mil pessoas.
A implantação de uma atividade como essa gera indicadores sociais, qualidade de vida para os indígenas, oportunidade de trabalho, de emprego, de renda, avanço no saneamento, no abastecimento de água, asfaltamento de ramais, educação, saúde. Enfim, aquilo que é importante para que se possa ter um lugar melhor para se viver , disse o governador.
Ele afirmou ainda que o governo se compromete a fiscalizar e cobrar que a empresa cumpra a responsabilidade com o meio ambiente.
De acordo com a Potássio do Brasil, do investimento previsto de US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões, aproximadamente), R$ 1 bilhão já foi realizado.
Leia mais
Mais licenças
A autorização de instalação do projeto, com validade de três anos, foi dada pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), depois de batalhas judiciais com o governo federal sobre a competência para concessão de licença ambiental.
O Ipaam ainda precisará dar outras licenças, sobretudo ambientais, às demais atividades e serviços da empresa.
O papel do Ipaam é garantir que todos os requisitos do licenciamento estejam garantidos na condição de autorizar a atividade. É um marco histórico para o Governo do Estado porque viabiliza uma matriz econômica que eu aponto que, depois da Zona Franca de Manaus, é o segundo maior ‘boom’ da economia do Amazonas , disse o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente.
Leia mais
Indígenas animados
Nosso povo vem de muitas lutas e muita raça. Agora, estamos aqui diante desse momento histórico. Esse empreendimento vem para nos beneficiar e era esperado há muitos anos. Seguimos todos os protocolos, cumprimos todas as regras e daqui para frente só espero muito sucesso para o nosso povo indígena ”, disse o coordenador do Conselho Indígena Mura, Kléber Mura.
Entre outras autoridades, políticos e indígenas, participaram do evento com Lima o vice-governador Tadeu de Souza, o presidente da Federação da Indústria do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, o prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante.
Fotos: BNC Amazonas e Diego Peres/Secom