As vantagens logísticas à exportação de produtos e à importação de matéria prima da Zona Franca de Manaus (ZFM) foram apontadas pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, no lançamento do projeto Manta-Manaus pelo governo federal neste dia 9, em Tabatinga.
De acordo com Lima, essa rota do Amazonas à Ásia, pelo oceano Pacífico, vai derrubar pela metade o tempo de viagem. Em consequência, os custos logísticos.
Essa rota é fundamental, porque vai criar mais uma alternativa muito mais interessante do que a gente tem hoje. Um navio que sai com insumos da China para Manaus dura, em média, 45 ou 50 dias. Com essa rota, a gente pode economizar 15 ou 20 dias. Imagina o ganho de logística para que esse produto chegue a Manaus , disse o governador.
Conforme o governo federal, esse itinerário, que evita a passagem pelo canal do Panamá, deve estar 100% implantado até 2026.
O projeto apresentado pelo Governo do Amazonas foi inserido nos investimentos previstos pelo Novo PAC, o programa de obras federal.
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Competitividade
Para Lima, a expectativa é de que a nova rota aumente a competitividade dos produtos do polo industrial da ZFM.
Ele foi a Tabatinga para o lançamento da rota com os ministros do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e Sílvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos.
Vocês ganham em tempo, em quilometragem. Nós estamos falando em diminuir essa distância aqui até Shanghai, na China, em 10 mil quilômetros a menos. O que significa que os produtos do Amazonas se tornam mais competitivos, ou seja, vão vender mais, o Brasil vai vender e poder comercializar mais ”, disse Simone.
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A rota
Conforme o projeto, a nova rota sai de navios de Manaus pelo rio Solimões, até Tabatinga, na tríplice fronteira com Peru e Colômbia.
De lá, pelo rio Napo, no Peru, balsas chegarão ao porto de Manta, na província de Providência, já no Equador, no oceano Pacífico.
E daí para a Ásia, destino de produtos da ZFM e de fornecimento de insumos ao polo industrial de Manaus.
Sendo assim, hoje essa viagem, de até 50 dias, passa pelo canal do Panamá, encarecendo os custos das empresas.
*Com informações da Secom.
Foto: Alex Pazuello/ Secom