Rio Amazonas não sobe nem desce há cinco dias
Cenário indica que o maior rio do mundo nem encheu e já se prepara para a vazante, que, a exemplo de 2023, pode ser recorde.

Neuton Correa
Publicado em: 14/06/2024 às 17:47 | Atualizado em: 14/06/2024 às 17:47
Há cinco dias a régua do porto de Itacoatiara registra que o rio Amazonas não enche nem seca. Essa régua é onde o governo federal, por meio da Agência Nacional de Águas e Serviço Geológico do Brasil, monitoram o movimento das águas do maior rio do mundo.
A ferramenta também é referencial para quem faz operações portuárias e trabalha com transporte fluvial na região amazônica.
Dessa forma, o último movimento de elevação no rio Amazonas aconteceu nas 24 horas de sábado para domingo. Foram nas anotações de 7h10 do dia 9, que registrou cota de 12,33 metros, e às 6h35 do dia 10, quando o rio subiu 2 centímetros, repetindo 12,33 metros.
Desde lá, até hoje, o nível do rio permanece nessa marca.
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Seca começa
Quando isso ocorre, significa dizer que, efetivamente, o rio Amazonas pode ter alcançado a maior elevação do ano. Consequentemente, já se prepara para descer.
Trata-se, portanto, aguardado com grande apreensão diante do baixo nível da enchente.
Como resultado, a preocupação é de como serão as primeiras cotas de vazante. Se forem acentuadas, uma nova seca histórica poderá acontecer, a exemplo de 2023.
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Madeira, Solimões e Negro
Os rios Madeira e Solimões, que ajudam a formar o rio Amazonas, já estão em processo de vazante.
O rio Negro ainda sobe, conforme a régua do porto de Manaus. No entanto, o fenômeno de cheia começa a perder força. De ontem para este dia 14, o rio que banha Manaus subiu apenas centímetros.
Nesta sexta-feira, sua cota era 26,83 metros, um nível baixo.
Esse volume do rio Negro é mais preocupante quando confrontado com a cota do ano passado nesta mesma data: 28,30 metros.
Ou seja, 1,47 metro mais baixa agora.
Foto: reprodução/rede social