Na abertura do 57º Festival de Parintins, nesta sexta-feira (28), o boi Caprichoso, com o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”, apresentou o subtema “Raízes: O Entrelaçar de Gentes e Lutas”. O espetáculo destacou as tradições e a história do boi-bumbá azul e emocionou o público.
Já o boi Garantido, que apresentou o tema “Menina dos Olhos do Mundo”, como parte do projeto “Segredos do Coração”, encerrou na madrugada deste sábado (29) o primeiro dia do evento, promovido pelo Governo do Amazonas. Este ano, as apresentações acontecem nos dias 28, 29 e 30 de junho.
O presidente do Caprichoso, Rossy Amoedo, expressou otimismo e destacou o trabalho árduo realizado nos últimos meses, esperando surpreender o público nas três noites do festival.
“É um dia muito especial. Nos preparamos, incansavelmente, durante meses. E é hora de imprimir esse sentimento e tudo aquilo que nós pensamos ao longo desses meses nesse programa de planejamento”, disse Rossy.
Ericky Nakanome, presidente do Conselho de Arte do lado azul, destacou a organização e o planejamento que garantiram uma apresentação segura e impactante, com cinco módulos alegóricos.
“O que nos conforta é termos um boi extremamente planejado, organizado, pensado. Então, isso nos dá segurança para superar todas as questões técnicas e tradicionais do Festival de Parintins”, afirmou Ericky.
Assistindo no meio da galera, como item 19, a professora Thayna Liartes acredita que o Caprichoso tem grande chance de alcançar o título de tricampeão.
“É a primeira vez que eu venho ao festival. E eu tenho certeza que o tri vem. Minha expectativa está lá em cima, já estou preparada. Sou um item. E do meu boi eu vim triunfar”, comentou.
Corpo artístico
O presidente do Garantido, Fred Góes, ressaltou a competência do corpo artístico para fazer uma apresentação apta a disputar o 33º título este ano.
“O coração está louco para revelar os grandes segredos. Posso dizer que o coração está bem, fechando a primeira noite sem nenhum estresse e com a nossa galera pronta para explodir. O artista é o vetor de todos nós, porque é ele quem nos anima e nos coloca para o alto”, declarou Góes.
A primeira noite do Garantido conduziu na arena a origem da vida, com base na resistência e sabedoria de uma das maiores nações indígenas do Brasil: os Sateré-Mawé.
Um dos grandes destaques foi a entrada da cunhã-poranga do boi vermelho e branco, Isabelle Nogueira. Descendo do alto de uma alegoria, representando o item 9, Isabelle encantou e ganhou um verso na arena do amo do boi, João Paulo Faria, que falou sobre a felicidade de todos os itens individuais.
“Estou muito feliz com o trabalho do nosso boi. Nós, itens individuais, nos sentimos seguros de entrar na arena e saber que teremos na retaguarda um boi muito forte”, destacou o amo do boi, João Paulo Faria.
Para a carioca Isabela Domingos, 34, este é o terceiro ano que ela cruza o Brasil para conferir de perto o espetáculo apresentado no Bumbódromo. Desde a primeira vez que veio, ela explica que já tinha sido escolhida pelo Garantido.
“Eu acho o Festival de Parintins incrível e maravilhoso. Eu vim aqui para apreciar o meu Boi Garantido. Venho para sentir essa emoção que bate no meu coração”, disse Isabela.
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Fotos: Arthur Castro e Mauro Neto/Secom