Mandel deve parar de impulsionar ataques contra Almeida, manda juiz
Amom impulsionou em perfis no Instagram e Facebook posts negativos e impulsionados pedindo o não voto a David
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 02/07/2024 às 17:05 | Atualizado em: 02/07/2024 às 17:05
Ao fazer ataques impulsionados em redes sociais ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), candidato à reeleição, o deputado Amom Mandel (Cidadania) praticou “propaganda eleitoral extemporânea irregular”.
Isso foi o que despachou o juiz eleitoral Roberto Taketomi, de Manaus, ao julgar representação do Avante neste dia 1º de julho.
Dessa forma, o juiz determinou que o pré-candidato Mandel pare com esses ataques em impulsionamentos de publicações negativas a Almeida.
Em caso de desobediência, Mandel vai ter que pagar multa de R$ 10 mil.
De acordo com o Avante, Mandel impulsionou em perfis no Instagram e Facebook posts negativos e impulsionados pedindo o não voto no atual prefeito.
Em uma dessas publicações, por exemplo, com o título “Quem será que tá com preguiça?”, Mandel diz ao eleitor:
“A Prefeitura de Manaus, por medo da transparência ou por preguiça, não inscreveu um projeto sequer”.
Para o partido do prefeito, o conteúdo insinua preguiça, negligência, falta de transparência e seriedade da gestão.
“As críticas desabonadoras ao pré-candidato David Almeida, com o impulsionamento dos vídeos, em tese configuram a propaganda eleitoral antecipada negativa”, diz trecho do despacho do juiz.
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Pela lei
O impulsionamento de conteúdo na internet somente poderá ser utilizado, de acordo com resolução (23.610/2019) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para promover ou beneficiar candidatura, partido político ou federação que o contrate, sendo vedado o uso para propaganda negativa, com o intuito de criticar, prejudicar ou incutir a ideia de não voto a candidato adversário.
Sem emendas
Acusado por adversários de não enviar emendas para a Prefeitura de Manaus, Mandel lançou a estratégia de lançar edital para que interessados indiquem a direção do recurso público via os parlamentares federais.
Conforme comentários em redes sociais, isso vai aumentar a impressão de distanciamento do deputado da realidade do povo do Amazonas.
Foto: reprodução