Amazônia: em um ano, área sob alertas de desmatamento cai 45,7%
Área de 4.314,76 km² é a menor da série histórica iniciada em 2016

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas*
Publicado em: 08/08/2024 às 06:22 | Atualizado em: 08/08/2024 às 06:22
O desmatamento na Amazônia caiu 45,7% de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior queda proporcional já registrada para o período.
A informação é baseada nos dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados nesta quarta-feira (7/8).
Como resultado, a área sob alertas (4.314,76 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016. Como informa o Ministério do Meio Ambiente.
Os dados foram apresentados pelas ministras Marina Silva e Luciana Santos (MCTI) em entrevista coletiva no auditório do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília.
O resultado do Deter é um indicativo de tendência da taxa anual de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes.
O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas pelo Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.
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Queda em cinco estados
Nos 12 meses houve queda em cinco dos nove estados Amazônia Legal: de 63% em Rondônia; 58% no Amazonas; 54% no Acre; 52% em Mato Grosso; e 47,7% no Pará.
No caso dos 70 municípios do bioma considerados prioritários para o combate ao desmatamento houve queda de 53% da área sob alertas no período.
Dessa maneira, esses municípios concentram mais da metade do desmatamento na Amazônia.
Dos 70, 48 aderiram ao programa União com Municípios, do governo federal, que prevê repasses de R$ 785 milhões para ações ambientais, caso haja redução do desmatamento.
Desse modo, o resultado ocorreu após o lançamento, em junho de 2023, do novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).
Além disso, nas Unidades de Conservação da Amazônia houve queda de 67%, e nas terras indígenas, de 50%, no mesmo período de 12 meses.
Assim, no mês de julho foram registrados 666 km 2 sob alertas de desmatamento na Amazônia, alta de 33% em relação ao mesmo mês de 2023 (500 km 2 ), após queda de 55% em relação a julho de 2022 (1.487 km² ), último ano do governo anterior.
*Com informações do ministério do Meio Ambiente.
Foto: divulgação/Agência Brasil