BR-319: 40 anos sem asfalto e há dois sem pontes no Amazonas
Nada justifica o tratamento que o governo dá há décadas à região

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 26/08/2024 às 15:02 | Atualizado em: 26/08/2024 às 15:03
A luta pela recuperação da BR-319, que já dura o equivalente há quatro odisséias, não tem sinal de fim.
Chega-se a essa conclusão com os recentes capítulos de sua destruição.
Lembram das pontes no lado do Amazonas que desabaram nas eleições de 2022?
Lembram que havia um alvoroço de que milhares pessoas poderiam não votar por causa da destruição desses trechos da rodovia?
Então! Nada mudou. Ou melhor: quase nada mudou, se considerarmos os improvisos no rio Curuçá e no paraná do Autaz-Mirim.
O Dnit colocou ali umas balsinhas para dar passagem.

Mas, pontes, mesmo, nada. Elas ainda estão em obra. E olha que estamos falando de uma estrada que interliga Manaus ao sul do Amazonas.
Aliás, que interliga dois estados: Amazonas e Rondônia. Rodovia que tira a região de isolamento do restante do Brasil.
Pois bem, um ciclo eleitoral se passou. O trio de operários trabalhando na cabeceira da ponte de Autaz indica a disposição política em entregar a obra.
Da mesma forma, o volume de atividades no Curuçá indica a lentidão da obra.
E olha que não faltou sol nos últimos dois anos. Faltou outra coisa.
Nada justifica o tratamento que o governo dá há décadas à região. Se o embaraço é ambiental, social e econômico, que o governo resolva. Só não pode condenar os brasileiros daqui ao isolamento eterno.
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Fotos: BNC Amazonas