Tradicional bota pressão para conquistar tricampeonato
Neste ano, a coreografia do cordão será “a dança dos encantados”.

Dassuem Nogueira, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 27/08/2024 às 09:43 | Atualizado em: 27/08/2024 às 09:57
Ontem, 27 de agosto, por volta das 21h, a Torcida Organizada da Tradicional (TOT) chegou em motociata, empunhando bandeiras, fazendo muito barulho e tomando conta das arquibancadas do Parque do Ingá para o último ensaio geral de sua ciranda antes de sua apresentação na sexta-feira, dia 30 de setembro.

Antes do ensaio, como brincadeira de roda que é, fez-se um grande círculo com todos os componentes do espetáculo para assistir à, já tradicional, oração feita pelo presidente Magal Pinheiro.
O momento se encerrou com a torcida rezando em coro um “Pai Nosso”.
O cordão de entrada da ciranda nascida na escola estadual José Seffair será executado pelo celebrado grupo de dança Gandhicast. Do qual, destaca-se a dançarina que chamou atenção na comissão de frente do Salgueiro neste ano.
Cléia Santos interpretou o lamento dos ianomâmis na Sapucaí e faz uma dramatização de igual valor no cordão de entrada da ciranda vermelho, amarelo e branco.
Neste ano, a coreografia do cordão será “a dança dos encantados”. A cirandada clamava “chega de derrubada e poluição, vamos chamar proteção”.
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Em cima do lance
O ensaio do espetáculo marangatu, uma odisseia amazônica, faz uma crítica contundente contra a destruição a partir da visão de diferentes povos da floresta, indígenas, quilombolas e ribeirinhos.

A forte fumaça do início ao fim, causada pelas queimadas na região, fez um triste efeito especial para o ensaio. Porém, não deixa dúvidas de que o palco do festival de cirandas pode contribuir com sua arte na defesa da Amazônia.
Com um discurso afiadíssimo, muito bem fundamentado e oportuno, o performático apresentador Alciro Neto protestou contra a poluição das águas, do solo, dos ares e contra o fogo que funde o ouro extraído das terras ianomâmis.
Foto: Dassuem Nogueira/especial para o BNC Amazonas