Governo federal quer expandir vendas de produtos on-line no Amazonas
O edital E-commerce.BR, com inscrições até 17 de fevereiro, busca reduzir desigualdades regionais no comércio eletrônico e fomentar a inclusão digital no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 09/01/2025 às 17:39 | Atualizado em: 09/01/2025 às 18:31
Continuam abertas até o dia 17 de fevereiro as inscrições para o edital E-commerce.BR, que pretende fomentar o comércio eletrônico nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com investimento de R$ 4,92 milhões, o governo federal vai selecionar projetos nas três regiões.
As propostas deverão ser apresentadas por redes de inovação, compostas por, no mínimo, três instituições públicas ou privadas de âmbito estadual ou municipal.
Inicialmente serão 20 projetos, incluído um no Amazonas, que serão contemplados.
A decisão do governo levou em conta um levantamento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços por meio do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional.
Nele, consta que somente o Sudeste concentra 73,5% das vendas on-line no país, contra 7% do Nordeste, 3% do Centro-Oeste e 1,3% do Norte.
Leia mais
Uso do Bolsa-Família nas apostas das bets deve ser impedido
Lançado no mês passado pelo ministério e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o edital vai premiar soluções inovadoras que ajudem as micro, pequenas e médias empresas a superar desafios relacionados à logística, capacitação digital e comunicação on-line.
O secretário executivo do ministério, Márcio Elias Rosa, afirmou que a iniciativa visa não só reduzir as desigualdades regionais no acesso ao mercado digital, mas também promover a inclusão digital das micro, pequenas e médias empresa no país.
“É preciso levar ou oferecer essas ferramentas de comércio eletrônico para todas as regiões. Até porque elas são absolutamente estratégicas. Nós estamos falando de cerca de 70% do PIB. Mais de 60% de toda a força de trabalho no Brasil é atrelada ao comércio e serviço. E são setores que vêm respondendo muito positivamente nesse novo crescimento da economia no Brasil”.
De acordo com Rosa, o governo federal trabalha permanentemente na perspectiva da integração da economia em todo o Brasil.
“Quanto mais nós conseguimos fazer isso, mais nós aceleramos o desenvolvimento econômico e garantimos o desenvolvimento social”.
A ABDI espera impactar mais de 800 empresas nas três regiões, que serão atendidas com a inclusão digital e geração de empregos.
O presidente da ABDI, Ricardo Capelli, reforça a necessidade de participação das universidades, institutos, statups e centros tecnógicos, entre outros.
“Com isso, a gente consegue analisar e selecionar projetos voltados para capacitação profissional e de pessoal das empresas, questões relacionadas à entrega e distribuição, logística e também comunicação digital”.
*Com informações do ministério.
Foto: banco de imagem