Moraes reforça processo com mais provas produzidas por Eduardo Bolsonaro

Moraes inclui postagens de Eduardo Bolsonaro em inquérito sobre golpe e intensifica investigação.

Moraes reforça processo com mais provas produzidas por Eduardo Bolsonaro

Publicado em: 21/07/2025 às 20:01 | Atualizado em: 22/07/2025 às 05:16

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou neste sábado (19/7) a inclusão de novas publicações do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito que apura sua participação em uma trama contra autoridades brasileiras. A decisão foi motivada pelas postagens recentes do parlamentar, após a imposição de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira (18/7).

Segundo Moraes, Eduardo intensificou ataques ao STF nas redes sociais, incluindo celebrações à revogação de visto para entrar nos Estados Unidos da América (EUA) do próprio ministro e declarações à imprensa reforçando apoio ao presidente Donald Trump.

O magistrado determinou a juntada dessas manifestações ao inquérito que investiga Eduardo por crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A investigação contra Eduardo tem conexão com a ação penal que tramita no STF contra seu pai, Jair Bolsonaro, réu por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe.

Na mesma operação, a Polícia Federal apreendeu aparelhos eletrônicos e um pen drive encontrado em um banheiro da residência do ex-presidente, cujo conteúdo ainda é desconhecido.

Moraes destacou que os dois, mesmo em países diferentes, podem se comunicar por meios tecnológicos, levantando suspeitas de tentativa de interferência nas investigações.

O ministro afirmou que “a ousadia criminosa parece não ter limites”, citando os ataques à soberania nacional e à independência dos Poderes.

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O processo contra Jair Bolsonaro já está na fase de alegações finais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) reiterou o pedido de condenação do ex-presidente, apontando-o como principal articulador da tentativa de golpe. O julgamento será feito pela Primeira Turma do STF, e a pena pode chegar a até 43 anos de prisão.

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Foto: Fellipe Sampaio/STF